O Dia das Crianças está chegando e essa é uma época de expectativa para os pequenos e de dúvida para os pais, que não sabem o que comprar para presentear os filhos. Diante das infinitas opções de brinquedos e jogos próprios para cada faixa etária, como saber o que é mais apropriado para eles?
Como escolher o presente de Dia das Crianças
Para a terapeuta ocupacional Angélica Hilário Guimarães, quando apropriado para a sua idade, os brinquedos trazem várias contribuições para o desenvolvimento da criança. “Os diversos modelos são capazes de estimular habilidades físicas e cognitivas, permitir maior exploração do ambiente e interação com o outro. Eles ainda podem trabalhar a criatividade e coordenação motora, além de proporcionar o aprimoramento de habilidades sensoriais e emocionais”, explica.
Ela recomenda que na hora de escolher a opção para a criança, deve-se levar em consideração se o brinquedo não oferece perigo à sua segurança e tentar sempre diversificar o tipo de estímulo oferecido. “O brinquedo não precisa ser caro para ajudar no desenvolvimento da criança. Os benefícios estão relacionados ao tipo de estímulo que este oferece e como o adulto pode interagir, explicar e incentivar a criança a explorar o objeto”, diz.
Para a pedagoga Juliana Gatto, embora muito se questione o uso de eletrônicos cada vez mais cedo, essa questão deve ser ponderada: “A presença da tecnologia na vida das crianças é cada vez mais natural e se deve, principalmente, à realidade dos adultos que as rodeiam. Segundo especialistas, há espaço tanto para os brinquedos eletrônicos quanto para os tradicionais e não é possível uma comparação direta entre eles. Nesse caso, não existe melhor ou pior”, afirma.
A terapeuta ocupacional Angélica Hilário também acredita que o que se deve tomar cuidado em relação aos eletrônicos é a maneira com que ele é utilizado. “Eles proporcionam um desenvolvimento cognitivo e motor quando utilizados da maneira correta. Caso contrário, quando utilizados em excesso, formarão crianças impulsivas, com dificuldades para brincar e manter o foco em uma atividade por muito tempo e muitas vezes apresentarão dificuldade motora grossa, pois limitam experiências como correr, pular e brincar livremente com outras crianças ou adultos”, alerta.
Juliana completa que o que deve ser considerado é como é a interação da criança com o lúdico: “O ideal é aquele brinquedo que entretenha e crie situações que proporcionem o deslocamento espaço-temporal por meio da imaginação, o que independe do formato do brinquedo”.
Brinque com a criança!
Muito mais do que o tipo de brinquedo que a criança irá ganhar, o mais importante é a forma como ela irá interagir com aquilo. E para a terapeuta ocupacional Angélica Hilário, a participação dos pais nisso é fundamental. “É essencial que os pais brinquem junto com as crianças para que a estimulação do desenvolvimento ocorra de forma eficiente. Com o adulto, a criança descobre como usar o brinquedo de diferentes formas e interage com o mesmo (ou com outras crianças)”, finaliza.
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