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Saiba quando a cirurgia de reconstrução da mama é indicada

Por Redação Doutíssima 04/01/2014

A cirurgia de reconstrução da mama é uma alternativa bastante procurada pelas mulheres que tiveram um tumor no seio e desejam melhorar sua autoestima depois de passar pelo processo de mastectomia, em que parte ou todo o seio é retirado. Porém, são muitas as dúvidas que surgem antes de tomar a decisão.

Como é feita a cirurgia de reconstrução da mama?

Dependendo da situação, a cirurgia de reconstrução pode ser realizada ao mesmo tempo que a mastectomia. Há benefícios nessa operação imediata: apenas um anestésico, uma internação hospitalar e um período de recuperação. Acontece que isso nem sempre é possível.

Se você faz radioterapia após o procedimento, por exemplo, é aconselhável esperar um tempo a mais. Basicamente, há dois tipos principais de reconstrução. A protética é aquela na qual são usados implantes artificiais, já a autógena utiliza tecido de outras partes do corpo da mulher. A primeira costuma ser mais rápida.

Vale dizer que o cirurgião tenta que a nova mama corresponda ao máximo com a que não foi retirada. Há casos também em que as mulheres consideram fazer a cirurgia em ambos os seios, para garantir a mesma aparência.

Em casos de mulheres com alto risco de câncer, é possível que o médico opte por remover ambos os seios. Ou seja, é feita uma dupla mastectomia. Tudo para reduzir o risco de que a doença volte a surgir.

É importante saber ainda que, mesmo que a cirurgia seja capaz de reconstruir a forma do seio, ela não consegue restaurar a sensação da pele ou do mamilo. Com o tempo, a pele sobre o seio reconstruído até pode se tornar mais sensível ao toque, mas não será exatamente o mesmo que era antes.

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Antes de decidir, discuta as opções com o seu médico. Foto: iStock, Getty Images

Reconstrução mediata e os riscos

Um estudo recente, publicado no Plastic and Reconstructive Surgery, jornal médico oficial da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS), mostra uma baixa taxa de complicações na reconstrução mamária imediatamente após a mastectomia. 

De acordo com os pesquisadores, uma das grandes vantagens é o trauma psicológico reduzido. Isso porque a paciente é capaz de ir para a mastectomia e já sair da cirurgia com seu peito reconstruído – não chegará a se visualizar sem ele. Além disso, os benefícios incluem diminuição de custos e menor tempo de recuperação.

Esse levantamento durou dez anos e foi baseado nos resultados de 170 mulheres que se submeteram à cirurgia imediatamente após a mastectomia. Cerca de 13 delas se submeteram a uma reconstrução bilateral. Os dados coletados mostraram ainda que não há grandes índices de complicações.

Mais precisamente, a taxa de complicações foi de 8,8% – sendo que elas provocaram atrasos em novos tratamentos contra o câncer (quimioterapia ou radioterapia) em apenas oito deles. Além disso, apenas 15 pacientes experimentaram recorrência do câncer de mama.

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