O fisioterapeuta responsável explica tudo sobre o cisto de Baker. Quais são as causas, sintomas e tratamento.
O que é o cisto de Baker?
Cisto de Baker é o acúmulo de liquido sinovial em uma bolsa situada na região posterior do joelho. Este processo ocorre quando o liquido presente na articulação do joelho extravasa para esta bolsa, localizada entre os músculos gastrocnêmio e semimembranoso, causando assim um aumento de seu volume, o que leva à formação do cisto.
Esta região do joelho, onde se situa a bolsa, é chamada de fossa poplítea. Como a região não é coberta por músculos, quando a bolsa sofre aumento de tamanho se torna facilmente palpável.
Quais os sintomas do cisto de Baker?
As queixas mais freqüentes de pessoas portadoras de cisto de Baker são o incômodo na região posterior do joelho e um aumento de volume local, principalmente quando o joelho está totalmente esticado. O motivo é porque, nesta posição, o cisto é empurrado para trás.
Porém o cisto atrapalha também a flexão do joelho, pois fica pressionado contra a articulação. Geralmente ocorre devido a uma doença ou lesão pré-existente na articulação do joelho, que provoca um aumento da produção de liquido sinovial, causando assim o edema.
Quais os tratamentos para o cisto de Baker?
Quando este edema persiste, pode extravasar para a bolsa, formando o cisto. A maior incidência é entre 55 e 70 anos. Normalmente, não há complicações. O cisto pode melhorar à medida em que a lesão pré-existente é tratada. Diminuindo o edema, o cisto pode desaparecer naturalmente.
Há uma rara possibilidade da formação de “pedras” (litíase) no interior do cisto, o que causa dor e exige um tratamento cirúrgico para a sua retirada. Outra complicação, também pouco frequente é a ruptura do cisto, causando dor intensa na musculatura da perna, apresentando sintomas semelhantes aos de trombose venosa profunda (TVP). O edema também deve ser tratado e os alongamentos musculares precisam ser realizados com muita cautela, para que não haja uma pressão sobre o cisto.
O principal foco é o tratamento da lesão primária do joelho, mas com o cuidado de não causar atrito entre os músculos gastrocnêmio e semimembranoso (onde se localiza a bolsa) e evitar sobrecarga no joelho para não afetar o cisto.