Anestesia é o estado de total ausência de dor e outras sensações durante uma cirurgia ou exame diagnóstico. Mas existe mais de um tipo do procedimento e muitas dúvidas cercam os pacientes, que se submetem a ele sempre em momentos em que estão mais frágeis e vulneráveis.
Tipos de anestesia
O procedimento pode ser geral, ou seja, para o corpo todo, mas também pode ser parcial ou regional, quando apenas uma região do corpo é alvo da técnica. Com a parcial, é possível dormir ou ficar acordado, conforme a conveniência.
Recentemente, ficou conhecido um caso em que o paciente foi operado enquanto tocava violão. Nesse caso, a opção foi pela anestesia parcial, para que os resultados da cirurgia, realizada no cérebro, fossem acompanhados pelo cirurgião em tempo real.
Quando o procedimento atinge o corpo todo, é diferente. “Sob o efeito de uma anestesia geral, você dorme, há ausência de consciência, desconexão com o meio ao redor”, explica a professora Luciana Cadore Stefani, que também é membro do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Segundo a Sociedade Brasileira de Anestesiologia, o procedimento considerado geral é induzido por medicamentos e faz o indivíduo permanecer imóvel ao longo da cirurgia.
Riscos e benefícios da anestesia geral
O tipo da cirurgia pode indicar e até mesmo definir o tipo de procedimento a ser aplicado. Dependendo do local do corpo, tamanho da incisão, se a técnica será tradicional ou fará uso de videolaparoscopia, por exemplo, é possível o médico optar pelo método parcial ou geral.
De acordo com Luciana, a técnica regional, em alguns casos, permite uma analgesia pós-operatória mais efetiva, através da infusão de anestésicos locais. “Por outro lado, existem cirurgias que só podem ser realizadas com anestesia geral”, explica.
A professora também afirma que atualmente os riscos e complicações associados à anestesia são muito raros. “Com monitorização, técnicas, conhecimentos e medicamentos modernos, o anestesiologista reduz ao máximo os riscos de acidentes anestésicos”, tranquiliza. Os sinais vitais do paciente são acompanhados durante toda a cirurgia.
Além disso, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia afirma que apesar do medo das pessoas quando precisam encarar um procedimento como esse – principalmente o geral -, os riscos são ainda mais reduzidos com o conhecimento técnico do anestesiologista.
Esse profissional, além de tranquilizar o paciente, utiliza todo o conhecimento e experiência adquiridos com o intuito de garantir a segurança do indivíduo e o sucesso da operação.
Todo esse procedimento de segurança é justificado pela Sociedade Americana de Anestesiologia, a fim de reduzir as chances de qualquer erro humano na hora do procedimento ou no momento da cirurgia.
Contraindicações e efeitos colaterais
O paciente é entrevistado pelo anestesiologista antes do procedimento para que sua história clínica seja conhecida. “Assim é possível planejar o melhor manejo do período perioperatório”, diz a professora.
Conforme as doenças prévias e o tipo de procedimento proposto, é escolhida a técnica mais segura para cada situação. “Um paciente com graves problemas cardíacos recebe fármacos e doses diferentes do que um sem doença. Mas todo tipo de procedimento pode ter complicações”, afirma.
A participação do paciente, portanto, é fundamental para a segurança do procedimento, seguindo as indicações de ficar em jejum, informar todo e qualquer problema de saúde, assim como todos os remédios em uso, para que o anestesista possa estabelecer a técnica adequada ao seu caso.
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