A sibutramina é bastante conhecida por ser um moderador de apetite e anti-depressivo de última geração, que pode ser encontrado nas farmácias com os nomes comerciais de Sibutral, Reductil ou Meridia. Como todo medicamento desse tipo, ele só deve ser tomado sob prescrição médica e somente pode ser vendido com a retenção de receita ou pela chamada “receita azul”.
O problema é que muitas pessoas buscam este medicamento com o objetivo único de perder peso, masmo que não sejam em casos como de obesidade comprovada. O risco de se tomar a sibutramina sem uma verdadeira necessidade é possibilidade de causar dependência ou mesmo desenvolver outras doenças.
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Remádios que prometem o emagrecimento ácil podem trazer riscos à saúde. Foto: Shutterstock
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A sibutramina no Brasil
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Em 2011, quando outros remédios semelhantes foram proibidos no Brasil, a sibutramina se tornou a única droga usada para emagrecer que atua sobre o sistema nervoso. Após inúmeras discussões, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter no Brasil o comércio de medicamentos emagrecedores que contenham a substância sibutramina.
Em alguns países o produto não é mais vendido. No Brasil, a Anvisa decidiu manter seu uso depois de monitorar pacientes tratados com a substância durante um ano. Nesse período, a agência estabeleceu um controle mais rígido sobre a venda, além de medidas de segurança, que vão permanecer por mais dois anos.
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Após a decisão da Anvisa, os profissionais de saúde serão obrigados a notificar qualquer efeito colateral que possa estar relacionado ao consumo da sibutramina e a validade das receitas é de até 30 dias.
O medicamento virou febre entre as pessoas que buscam uma redução rápida do peso, fazendo com que muitas informações equivocadas fossem passadas adiante. As pessoas ouviam os relatos de quem já havia tomado o medicamento passavam a tentar encontrar uma maneira de tentar começar rapidamente o tratamento tembém.
Acontece que, por se tratar de um medicamento de uso controlado, estas pessoa stinham dificuldade de comprá-lo, chegando muitas vezes a recorrer ao mercado informaç de medicamentos. Se a automedicação pode ser perigosa mesmo em casos mais simples do dia a dia, imagina como é grave recorrer a um medicamento como este para perder peso sem consultar um especialista no assunto.
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Sibutramina: o que é?
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Trata-se de uma substância utilizada no tratamento de obesidade, vendida mediante prescrição médica. Criada inicialmente como antidepressivo, a sibutramina age no sistema nervoso central, especialmente sobre dois neurotransmissores, a serotonina e a noradrenalina. Ela provoca no paciente a sensação de saciedade e o controle da fome. A pessoa come menos, mas sem perder totalmente o apetite.
A sibutramina é recomendada em que tipo de caso?
O endocrinologista Walmir Coutinho, professor de endocrinologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC), no Rio de Janeiro, e presidente da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade (Iaso, na sigla em inglês), explica que a sibutramina deve ser utilizada por pacientes com obesidade de grau 1 (quando o Índice de Massa Corpórea, IMC, está entre 30 e 34,9), grau 2 (quando o IMC, está entre 35 e 39,9) e grau 3 (quando o IMC está acima de 40).
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Quais são os efeitos colaterais da sibutramina?
Segundo a endocrinologista Marcia Nery, do Hospital das Clínicas, em São Paulo, por ser um “parente distante dos remédios antidepressivos”, que agem em diversos locais do sistema nervoso central, é possível que ocorram efeitos colaterais.
Entre os sintomas mais frequentes, figuram o aumento da pressão arterial, a elevação da frequência cardíaca, dores de cabeça, boca seca, insônia e prisão de ventre.
Existe alguma contraindicação?
Pessoas que sofrem de alguma cardiopatia (doença no coração) ou descontrole na pressão arterial não devem utilizar o medicamento. “No caso delas, o melhor a se fazer é uma dieta balanceada e atividade física, apenas”, explica Márcia.
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Quem parar de usar a sibutramina pode engordar o dobro do peso que perdeu?
Não. Segundo o endocrinologista Walmir Coutinho, qualquer tratamento feito para emagrecer, quando é interrompido, pode proporcionar o ganho de peso, mas talvez não o dobro. “A questão de engordar o dobro que emagreceu pode ocorrer quando há interrupção do tratamento de fórmulas com hormônios de tireoide. Tal fenômeno é chamado de ‘efeito rebote’.”
O mais importante de ser lembrado é que, em qualquer tratamento com medicamentos que você se disponha a fazer é importante fazer uma consulta a um médico, como forma de evitar problemas mais sérios do que aquele que você está enfrentando. Somente um profissional será capaz de indicar para você o mellhor tratamento e ajudar a preservar a sua saúde.
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