A doença de Alzheimer é uma enfermidade neurodegenerativa, ou seja, que piora com o tempo. Ela afeta a memória, o pensamento e o comportamento, manifestando-se conforme envelhecemos. No Brasil, estima-se que de 6% a 7% da população com mais de 60 anos convive diariamente com a doença de Alzheimer.
A origem do Alzheimer
A doença foi descrita em 1906 pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer, que acompanhou sua evolução em uma paciente de 51 anos na época. Durante dois anos de internação, a paciente relatou alterações na memória e no desenvolvimento, delírios de perseguição e alucinações, entre outros sintomas.
Em seu estágio inicial, a doença de Alzheimer atinge a região dos lobos temporais, que é responsável pelo controle da memória. Depois, se alastra por todos os cantos do órgão, levando a uma deficiência de funcionalidade e desempenho.
Alzheimer não é envelhecimento normal
Apesar de o fator de risco mais conhecido ser a idade, a partir dos 65 anos, estudos apontam que 5% das pessoas com esta doença tem início precoce, perto dos 40 a 50 anos de idade.
A maior incidência da doença de Alzheimer ocorre como resultado de interações complexas entre os genes e outros fatores de risco. A idade, o histórico familiar e a hereditariedade são fatores de risco, mas não há como mudá-los.
Porém, outros fatores podem aumentar o risco, como ter pressão alta, ser mulher e ter tido algum tipo de traumatismo craniano – mas estes últimos fatores não são consenso entre todos os especialistas.
Sintomas da doença de Alzheimer
Os sintomas iniciais da doença de Alzheimer podem ser muito sutis. Podem começar com pequenos lapsos de memória ou na dificuldade em encontrar as palavras certas. A piora dos sintomas é progressiva, mas pode apresentar períodos de estabilidade.
Fases da doença de Alzheimer
1. Fase inicial: podem ocorrer alterações como distração, dificuldade de lembrar nomes e palavras ou apreender novas informações, desorientação em ambientes familiares, diminuição do interesse por atividades.
2. Fase intermediária: são mais comuns no dia a dia a perda marcante da memória, da atividade cognitiva, diminuição do conteúdo e da variação da fala, alterações de comportamento (frustração, impaciência, inquietação, agressão verbal e física), alucinações, delírios, incontinência urinária, dependência de outras pessoas nas mais diversas atividades como higiene pessoal e autocuidados.
3. Fase avançada: em um estágio mais avançado da doença de Alzheimer, a fala torna-se monossilábica, delírios cada vez mais constantes, há perda do controle da bexiga e do intestino, enfraquecimento das articulações, dificuldade para engolir alimentos e dificuldade para caminhar.
Doença de Alzheimer não tem cura
Como não há cura conhecida para a doença de Alzheimer, o tratamento se concentra na gestão de sintomas e apoio aos pacientes e sua família. Por isso, torna-se fundamental buscar ajuda médica quando são apresentados alguns sintomas da doença de Alzheimer.
Junto ao tratamento com medicamentos, algumas medidas podem ser incluídas para melhorar a qualidade de vida da pessoa com a doença de Alzheimer. São elas:
– Tratar das condições médicas que podem contribuir para a confusão ou o declínio físico, como doença pulmonar ou anemia;
– Fornecer recursos que auxiliem a memória, como calendários e lembretes escritos;
– Incentivar a interação social para ajudar a evitar sentimentos de solidão e depressão;
– Grupos de apoio que oferecem assistência às famílias;
– Incentivar uma rotina regular, para reduzir a confusão mental.
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