O câncer de colo do útero, também conhecido como cervical, é um tipo de câncer que demora anos para se desenvolver. Por isso, trata-se de uma doença possível de ser combatida com sucesso se medidas preventivas forem adotadas.
Terceiro tumor mais frequente na população feminina, o câncer de colo do útero fica atrás em incidência dos cânceres de mama e do colorretal, e representa a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
Em 2011, foram registradas no país 5.160 mortes por câncer de colo do útero. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para o diagnóstico de 15.590 novos casos da doença apenas em 2014.
Prevenção do câncer de colo do útero
Apesar de perigoso e bastante incidente no país, o câncer de colo do útero pode ser prevenido, diagnosticado e tratado com certa facilidade. Neste ano, o Ministério da Saúde deu um importante passo para controlar novos casos da doença ao estabelecer uma campanha de vacinação contra o HPV (papilomavírus humano), que está presente em mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero.
Ainda assim, as vacinas não protegem contra todos os subtipos do HPV, o que reforça a necessidade de prevenção da doença, começando por evitar o tabagismo e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, além de utilizar preservativos em todas as relações sexuais.
Mesmo quem adota todos cuidados, deve realizar periodicamente o exame preventivo (Papanicolau), a partir do qual a doença é diagnosticada, mesmo em estágio inicial. Estimativas indicam que, quando o câncer de colo do útero é identificado precocemente e tratado adequadamente, a chance de cura é de praticamente 100%.
Detecção precoce
O Papanicolau é capaz de identificar o câncer de colo do útero mesmo em sua fase pré-clínica, quando a doença não apresenta sintomas. O exame identifica lesões precursoras, as quais antecedem ao aparecimento do câncer. Ele pode ser feito em unidades de saúde da rede pública e é indolor, simples e rápido.
Para melhores resultados, é recomendado que, 48 horas antes do exame, a mulher não tenha relações sexuais e evite o uso de duchas, de medicamentos vaginais e de anticoncepcionais locais. Também não deve estar menstruada, pois a presença de sangue pode alterar o resultado.
Sintomas
O câncer de colo do útero é uma doença cujo desenvolvimento se dá de forma lenta. Em sua fase inicial, pode não revelar sintoma algum, o que aumenta a importância de a mulher estar em dia com seus exames ginecológicos preventivos.
Numa segunda fase, a patologia evolui para quadros de sangramento vaginal intermitente ou com ocorrências após o ato sexual. Também pode ser verificada secreção vaginal anormal e dor abdominal, a qual pode vir associada a outras queixas urinárias ou intestinais, especialmente nos casos mais avançados.
Tratamento
O tratamento irá depender da avaliação e orientação médica, conforme o caso. Entre as formas terapêuticas mais empregadas no enfrentamento do câncer de colo do útero, estão a cirurgia e a radioterapia. A escolha médica dependerá também da fase em que se encontrar a doença, do tamanho do tumor e de fatores pessoais da mulher, como a sua idade e o desejo de ter filhos.
Em alguns casos, pode ser necessário que não apenas a mulher, mas também o seu parceiro, receba tratamento. Nestas situações, é importante que ele também vá à unidade de saúde para ser orientado.
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