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Gravidez após os 35: conheça os riscos

Por Redação Doutíssima 26/04/2013

Se você está pensando em ter uma gravidez após os 35 anos, saiba que não está sozinha. Segundo o Ministério da Saúde, o número de mães na faixa etária dos 30 cresceu nos últimos anos, passando de 22,5% em 2000 para 30,2% em 2012.

Porém, a gravidez tardia, como é definida a gestação após essa idade, é capaz de acarretar riscos para mãe e para o bebê, caso não tenha o acompanhamento médico necessário.

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Diabetes e pressão alta são riscos que existem ao engravidar após os 35 anos. Foto: iStock, Getty Images

Como a idade afeta a fertilidade?

Quando as mulheres atingem os 30 anos, elas experimentam um declínio na fertilidade. Por isso, as complicações durante a gestação também são mais comuns nessa faixa etária.

A razão é que o número de óvulos saudáveis diminui à medida que as mulheres envelhecem – processo acelerado depois dos 35 anos.

Além disso, o número de óvulos disponíveis para passar pelo processo de maturação talvez seja ainda menor se você tiver histórico familiar de menopausa precoce ou necessidade de submeter-se à quimioterapia ou radioterapia.

Conforme a mulher envelhece, erros cromossômicos ocorrem com maior frequência em seus óvulos, resultando em mais embriões anormais, que por sua vez são causa de perda precoce da gestação.

Entenda os riscos de uma gravidez após os 35 anos

Embora sejam associados muitos riscos para a mãe e para o bebê em uma gravidez tardia, se uma mulher é saudável e não tem problemas de fertilidade, possui quase a mesma chance de ter um bebê saudável como uma jovem de 20 anos.

Entretanto, há algumas coisas a serem levadas em conta se você tiver mais de 35 anos e estiver tentando engravidar. Veja quais são os riscos:

1. Mais tempo para engravidar

Se você tem mais de 35 anos, e não conseguiu engravidar em um período de seis meses, é aconselhável conversar com seu médico.

2. Maiores chances de uma gestação múltipla

A chance de ter gêmeos aumenta com a idade. Por isso, o uso de tecnologias de reprodução assistida, como a fertilização In Vitro, são boas alternativas desempenhar esse papel.

3. Diabetes gestacional

Esse tipo de diabetes, que só ocorre durante a gravidez, é mais comum em mulheres mais velhas. Se essa condição não for tratada, o bebê pode crescer significativamente mais do que a média, e isso aumenta o risco de lesões durante o parto.

4. Pressão alta durante a gestação

Pesquisas sugerem que a elevação da pressão arterial é mais comum em gestações tardias.

5. Anormalidades cromossômicas

Os bebês nascidos de mães mais velhas têm um maior risco de certas condições cromossômicas, como a Síndrome de Down.

6. Aborto espontâneo

O risco de perda da gravidez – por aborto e natimorto – aumenta à medida que você fica mais velha, devido a condições médicas ou anormalidades cromossômicas fetais preexistentes.

Como se preparar para uma gravidez tardia

Se você tiver mais de 35 anos e está pensando ter um bebê, existem alguns cuidados que deve ter antes de engravidar. Primeiro, é necessária uma avaliação médica para saber qual é a sua condição de saúde atual.

Além disso, comer corretamente e renunciar à cafeína e ao consumo excessivo de álcool e drogas são cuidados essenciais.

Caso você esteja tomando qualquer medicação especial, converse com seu médico antes de tentar engravidar. Certifique-se de adicionar ácido fólico em sua dieta, uma vez que esse suplemento ajuda a prevenir alguns defeitos neurais em fetos.