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Como falar sobre pornografia com seu filho adolescente

Por Redação Doutíssima 13/03/2014

Admita: o simples pensamento de ver o nosso pequeno fascinado diante de uma pornografia nos aterroriza. Talvez mais às mães do que os pais. O psiquiatra Philippe Brenot da recomendações para pais aprenderem a reagir e a falar sobre o tema com seus filhos. 

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Pais de adolescentes: como reagir a pornografia?

 

Não se enganem, os adolescentes não são bobos e podem distinguir as coisas direito: a verdadeira sexualidade não é a mostrada pela pornografia, porque eles sabem que tais práticas não são o que as meninas buscam. No entanto, a pornografia tem suas conseqüências: o problema são esses novos modelos de tratar as mulheres como um objeto, a desvalorização e servem como critérios para a manipulação nas práticas sexuais. Esse acesso livre e visual à sexualidade é perigoso, pois produz uma visão muito limitada do que é a sexualidade, exclui o aspecto sentimental e pode resultar em vícios.

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É necessário proibir a pornografia?

“A verdadeira questão é: como evitar que um adolescente tenha acesso à pornografia”, diz Philippe Brenot. “Proibir é inútil, muito menos hoje, com acesso à Internet, é muito difícil para os pais ter controle total sobre seus filhos. Além disso, os gênios de computadores que se tornaram nossos adolescentes estão ansiosos para ter uma proibição e poder ignorá-la. ”

 

Ter um discurso explicativo

É sempre aconselhável conversar. Você pode dizer algo como: “essas imagens não têm nada a ver com a sexualidade que reproduz a maioria dos adultos. São violentos e muitas vezes humilhante para as mulheres. Eu sei que você está ciente disso.” explica Brenot. “Mostrar para o adolescente que ele  sabe o que você está falando eleva sua categoria de maturidade, e assim ele vai ter menos vontade de transgredir as regras”. O melhor é evitar palavras que fazem o adolescente sentir-se culpado. Opte por um “não culpo você, eu sei que todos os seus amigos fazem isso.”

 

Duas regras de ouro para falar sobre sexualidade

 

1. É mais fácil entre pessoas do mesmo sexo. Em outras palavras, uma mãe vai saber se comunicar melhor com a sua filha, e um pai com seu filho. Lembre-se que uma terceira pessoa também pode ser responsável pela comunicação, talvez um tio ou um amigo da família que o menino ou a menina conhece bem.

2. Falar sobre sexualidade com os adolescentes não significa falar de si mesmo. Nunca fale sobre sua sexualidade, é uma regra que deve ser seguida sempre. Evite frases como “sua mãe” ou “antes de sua mãe.” Não faça perguntas íntimas. Ele ou ela farão perguntas ou falarão de si se eles quiserem. No entanto, você é responsável pela criação do espaço de troca. As crianças, como os pais, não tem que saber os detalhes sexuais um do outro. É a sua própria sexualidade e se fizerem perguntas, tente responder de maneira geral. Em caso de problemas ou querendo auxílio especializado, envie seu filho (a) a um ginecologista ou a um sexólogo.

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