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Derrame pericárdico pode levar a complicações fatais no coração se não for descoberto precocemente

Por Redação Doutíssima 24/04/2014

Resultado do acúmulo de líquido, que pode ser plasma ou sangue na membrana que envolve o coração, o derrame pericárdico pode levar à morte se não for descoberto de maneira precoce. A patologia costuma se desenvolver em pessoas com histórico de pericardite aguda (inflamação do pericárdio) ou de doenças sistêmicas, podendo se manifestar nas formas aguda ou crônica.

Isto ocorre porque o derrame geralmente é uma consequência desta inflamação nas membranas do coração. A principal complicação deste quadro é o tamponamento cardíaco, que deve ser prontamente tratado.

derrame pericárdico

Identificar a causa do derrame pericárdico é importante para o seu tratamento. Foto: Shutterstock

A inflamação pode ser causada por uma série de fatores. Alguns deles são: infecções bacterianas, virais ou fúngicas, doenças autoimunes (como artrite reumatoide ou lúpus), acúmulo de uréia no sangue (como consequência da insuficiência renal), hipotiroidismo, metástases de câncer de pulmão, mama ou leucemia, câncer no coração, lesão ou trauma no coração, infarto agudo do miocárdio e medicação para pressão alta. Saber identificar a causa desta inflamação é importante para o tratamento.

Sintomas do derrame pericárdico

Os sintomas do derrame pericárdico podem variar de pessoa para pessoa, pois eles estão relacionados à gravidade da doença e com a quantidade de líquido que se acumulou no espaço pericárdico.

No entanto, alguns dos sintomas mais recorrentes incluem a dificuldade para respirar, a dor no peito (geralmente atrás do externo, ou no lado esquerdo peito), a tosse, a febre baixa, o aumento da frequência cardíaca e o cansaço extremo, quando em posição horizontal.

O diagnóstico do derrame pericárdico, que deve ser buscado precocemente, pode ser feito por meio de exames físicos e também por ausculta cardíaca. Outra forma de se identificar a doença é por meio de observação dos sintomas, podendo obter a sua confirmação a partir da realização de exames como raio-X do tórax, eletrocardiograma ou ecocardiograma.

Tratamento

Quando o derrame pericárdico se apresenta em grau leve, não há comprometimento da função cardíaca. Isto possibilita que o tratamento seja feito apenas por medicamentos como aspirina, anti-inflamatórios não esteroides – como o ibuprofeno – ou de corticoides – como a prednisolona -, que diminuem a inflamação e os sintomas da doença.

Contudo, se houver risco de problemas cardíacos para o paciente, pode ser necessária a retirada deste líquido através de um ato médico chamado de pericardiocentese. Este procedimento consiste na introdução de uma agulha e um cateter no espaço pericárdico para drenar o líquido acumulado. Outra possibilidade é a realização de cirurgia. Por meio dela, há a possibilidade de drenar o líquido e reparar as lesões no pericárdio que causam o derrame.

O líquido também pode ser drenado por meio da pericardiectomia, que remove, por meio de cirurgia, uma parte ou todo o pericárdio. Esta opção de procedimento acaba sendo utilizada principalmente para o tratamento de derrames pericárdicos recorrentes.

É importante saber que a patologia tem cura se o seu diagnóstico e o seu tratamento forem realizados precocemente, de forma a prevenir complicações fatais ao coração. Para que isto ocorre, é fundamental consultar e realizar o acompanhamento com um médico cardiologista, seu principal aliado contra esta ameaça.

 

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