Tratar a doença, mas tendo um olhar para o organismo global do doente (corpo e mente), é parte da percepção da saúde através da homeopatia.
Após o termino da faculdade de medicina em 1990 fui me especializar em homeopatia em São Paulo, num pequeno hospital de homeopatia, com pronto socorro 24 horas, ambulatório para internações e centro para pequenas cirurgias. Todo atendimento com uso exclusivo de medicamentos homeopáticos. Muitas pessoas se surpreendem ao ouvir isto, pois acreditam que a homeopatia só é capaz de tratar doenças “leves”, o que é um engano.
Anteriormente, ate os anos1920-30, a homeopatia era tão usada quanto a alopatia (alopatia e’ o nome da medicina que usa medicamentos químicos) em países ocidentais. Foi a partir dessa época, principalmente após a descoberta dos antibióticos, que a indústria farmacológica começou a dominar como forma de tratar as patologias, chegando às décadas seguintes com uma aura de que seria capaz de curar todas as doenças que afligem o ser humano.
Realmente a ciência conseguiu realizar avanços admiráveis nesse campo, mas após esse longo período em que medicamentos químicos foram empregados nos tratamentos em geral vemos que em grande parte as doenças crônicas não são efetivamente curadas pela alopatia que muitas vezes age como um tratamento apenas sintomático e, para piorar, trazendo consigo os efeitos colaterais de seus fármacos. Com isso, hoje vemos um grande número de médicos buscando se especializarem na homeopatia, assim como pacientes insatisfeitos com as promessas da medicina química que procuram uma nova forma de tratarem suas doenças.
Homeopatia ou alopatia: entenda a diferença
Enquanto a alopatia visa a melhora da doença pelo combate ao sintoma local, o que se revela através dos nomes das famílias de medicamentos (anti-inflamatorio, antibiotico e anti-hipertensivo, entre outros), a homeopatia visa essa melhora pelo fortalecimento do organismo, com o reequilíbrio do organismo como um todo, trazendo uma nova visão sobre o conceito de doença, que seria algo causado por esse desequilíbrio que deixa o corpo suscetível ao adoecimento. É como numa epidemia de gripe: enquanto algumas pessoas contraem a doença, outras não. Se a causa da doença fosse apenas o vírus, todos deveriam ficar gripados.
Quando tomei contato com a homeopatia, ainda na faculdade, me atraiu essa visão de poder tratar o doente com base numa visão global de seu estado de saúde, por a homeopatia incluir além dos sintomas físicos, os aspectos mentais e emocionais como importantes para se avaliar e medicar um paciente.
Isso vem ao encontro da premissa básica da homeopatia de que é “não há doenças e sim doentes”. A homeopatia acredita na inter-relaçao de todo organismo, onde o corpo influencia a mente e vice versa. Por isso buscamos a melhora da doença pelo re-equilibrio global do organismo. E com a vantagem de usar remédios que não apresentam efeitos colaterais durante seu uso.
A homeopatia então se mostra como uma opção de tratamento para qualquer quadro clínico, tanto para pessoas que queiram se tratar exclusivamente com essa medicina, assim como para aqueles que já se encontram num tratamento alopático e querem ter um auxilio a mais para sua saúde, podendo usar a homeopatia em conjunto com o tratamento que já está em curso e somando-se a ele.
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