O estresse diário, a sobrecarga de trabalho, a herança genética e mais uma série de outros motivos estão atrelados ao elevado número de episódios de infarto em mulheres. Para piorar este cenário, o infarto silencioso pode pegá-las de surpresa, o que dificulta a sua identificação precoce.
Nas mulheres, a doença pode ocorrer sem gerar os seus sintomas típicos, que são a dor no peito e o mal-estar. Aquelas que possuem histórico familiar de doenças cardíacas devem consultar regularmente o seu médico, a fim de evitar possíveis problemas.
O infarto silencioso é apontado como uma das principais causas de morte entre as mulheres. Os motivos que as tornam mais propensas a este tipo de patologia ainda não são totalmente conhecidos.
Hormônio
Estima-se que uma das causas principais da doença nas mulheres seja o hormônio fabricado pelos ovários, o estrógeno. Isto porque ele tem um efeito vasodilatador no organismo, o que faz com se torne um estimulante dos nervos na fabricação de proteínas associadas ao mecanismo da resistência à dor.
Outra possível causa da maior propensão de mulheres sofrerem infarto silencioso é a forma que se dá a distribuição dos nervos pelo organismo. Enquanto que nos indivíduos do sexo masculino as ramificações se irradiam para o peito, nas mulheres esta distribuição se direciona para as costas e para o abdômen.
O infarto feminino também está associado à obesidade, colesterol alto, diabetes, pressão alta, sedentarismo e fumo. Mulheres que se enquadrem em alguma destas condições têm seis vezes mais risco de serem acometidas por um infarto silencioso.
Sintomas do infarto silencioso
Quando o infarto silencioso ocorre em mulheres com menos de 55 anos, ele não se manifesta com a típica dor de peito e mal-estar, mas sim com fraqueza, náusea, dores no queixo, no colo, no estômago e nas costas ou com dificuldade para respirar.
O infarto ainda pode ocorrer sem a presença de nenhum sintoma. Este quadro se dá pelo fator de proteção circulatório estrogênico da mulher, o qual diminui o limiar de dor sentido por elas.
O sistema circulatório feminino também é responsável por agravar esta condição. Por ser mais sensível e frágil do que nos homens, o infarto feminino torna-se mais agressivo e perigoso.
O risco de infarto é aumentado quando elas permanecem em constante estresse, tomam a pílula anticoncepcional ou apresentam complicações durante a gravidez, como a eclampsia (pequenas convulsões).
Pelo fato de estes sintomas não estarem diretamente relacionados a uma situação de emergência clínica, as mulheres acabam não procurando ajuda médica de imediato, o que prejudica o diagnóstico precoce. Com isto, a terapêutica escolhida costuma ser a menos agressiva e, com a demora no início do tratamento, pode ocorrer um aumento no número de mortes em decorrência do infarto silencioso.
Este atraso na identificação do problema é considerado como o principal motivo de causa do infarto e de outras doenças, como o AVC (Acidente Vascular Cerebral) – sendo este o maior causador de morte e incapacidade cardiovascular no público feminino. Por isto, todas as mulheres, após a menopausa, devem consultar um cardiologista pelo menos uma vez por ano.
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