Em pleno século XXI, embora haja tantos avanços em inúmeros setores da indústria e na área da tecnologia, os problemas primários permanecem. Dentre eles, relacionados à falta de igualdade de gêneros, em especial com relação ao mercado de trabalho.
Onde a igualdade de gêneros é falha
Um informe regional sobre o Trabalho Decente e Igualdade do Gênero, lançado recentemente sugere que os governos invistam na igualdade de gêneros. A publicação recomenda que chefes de estado criem políticas para melhorar o acesso e a qualidade do emprego para as mulheres.
Embora seja um desafio, as autoridades devem criar sistemas de proteção social, empregos decentes e incorporar o trabalho produtivo no exercício dos direitos das mulheres. Além disso, elas devem aumentar sua inclusão em discussões dos modelos de desenvolvimento e na criação de políticas públicas que promovam a igualdade de gêneros.
Um relatório foi apresentado pela consultora da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Solange Sanches do Prado. O trabalho apontou que o desenvolvimento econômico dos países, apesar de fundamental, não é suficiente para requerer a condição de igualdade de gêneros.
O documento pontua que se faz necessário que os países evoluam, incluindo o Brasil, para um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável em que a igualdade de gêneros se manifeste desde o início.
IBGE avalia a igualdade de gêneros
Conforme pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre estereótipos, preconceitos e realidades, mulheres com excelentes credenciais são negligenciadas para cargos de liderança.
De acordo com dados do IBGE, em dezembro de 2012, 81,5% das mulheres brasileiras entre 25 e 49 anos de idade participavam do mercado de trabalho. Porém, mesmo estando presentes no rol da população economicamente ativa, ainda existem alguns desafios a serem superados no que tange à igualdade de gêneros.
Conforme o Ministério do Trabalho, um dado que comprovaria problemas no Brasil com relação à igualdade de gêneros seria a diferença média salarial entre homens e mulheres, que foi de 17,2% em 2011.
Observando também o percentual de mulheres em cargos de liderança, se verifica que somente 2,6% das empresas do país têm uma mulher em seu conselho de administração. E aproximadamente 70% não têm nenhuma mulher no seu quadro de diretores.
Uma vez que estudos como o Women Matter, da consultoria McKinsey, mostram que a maior diversidade de gênero nas empresas está positivamente correlacionada com melhor desempenho financeiro, a questão que surge é: o que fazer para aumentar a participação das mulheres na liderança das organizações e promover a real igualdade de gêneros?
Mudança de paradigmas
Há quem acredite que o problema da falta de igualdade de gêneros esteja diretamente relacionado à oferta de mão de obra. Ainda, pela entrada relativamente recente das mulheres no mercado de trabalho e, sobretudo, no mercado executivo brasileiro. Especula-se que ocorra uma carência de trabalhadoras capacitadas tecnicamente, ou sem experiência que lhes permita atuar na alta liderança.
Embora se pense que o efeito possa sanar com o passar do tempo, ele pode não ser suficiente para o alcance da igualdade de gêneros e, por isso, teria que se apostar na mudança de paradigmas e adotar a hipótese de que homens e mulheres possuem condições iguais ou semelhantes de ascensão.
Além do preparo técnico, a sugestão é que ambos os gêneros sejam tratados sem discriminações. Segundo especialistas, este é o foco da questão e esta deverá ser, certamente, a principal dificuldade que permanecerá para a efetiva igualdade de gêneros.
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