Clínica Geral

Veja como identificar o pé torto congênito e como tratar o problema

Por Redação Doutíssima 11/08/2014

Afetando músculos, ossos, tendões e até vasos sanguíneos, o pé torto congênito é, como o próprio nome sugere, uma deformidade congênita, ou seja, presente já no nascimento. Essa deformidade pode ter graus dos mais variados, bem como diferentes tipos de tratamento e cura.

Além disso, pode atingir apenas um, ou ambos os pés. Acometendo aproximadamente um a cada mil bebês nascidos vivos, o pé torto congênito aparece duas vezes mais em bebês do sexo masculino do que do sexo feminino.

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Casos de pé torto congênito aparecem duas vezes mais em bebês do sexo masculino. Foto: Shutterstock

O que causa o pé torto congênito

Acredita-se que o fator hereditário seja importantíssimo na ocorrência do pé torto congênito. Para se ter uma ideia, quando há o nascimento de uma criança com o problema, a chance de um futuro irmão também apresentá-lo é extremamente alta: um a cada 35 nascimentos. De toda forma, os cientistas ainda não estão bem seguros sobre o que causa a deformidade congênita.

O pé torto congênito aparece nos primeiros meses da gestação, e é possível vê-lo através dos exames realizados nesse período. O diagnóstico de confirmação, porém, ocorre apenas no nascimento – e é bom ser feito por um profissional de confiança, já que essa má formação do pé pode ser confundida com problemas de outros tipos.

Tipos de pé torto congênito

– Pé Equinovaro: nesse caso, a região posterior do pé está bastante flexionada e inclinada para dentro, enquanto o meio do pé está circundado internamente e demonstra um intenso arqueamento. A porção anterior fica internamente inclinada.

– Pé Metatarso Varo: somente a parte anterior dele está desregulada, na parte de dentro, em relação ao restante do pé. É a deformidade considerada como uma das mais benigna de todas, já que raramente necessita de cirurgia.

– Pé Plano Valgo: o osso que articula pé e perna mostra-se em flexão plantar e com uma luxação, o que impede a redução da principal deformidade. Nesse caso, o pé assemelha-se com um mata-borrão, apresenta sola convexa, e o calcâneo para trás.

– Pé Calcâneo Valgo: nesse caso, temos o pé absolutamente fletido, no sentido dorsal.

Como é feito o tratamento

É importante que o tratamento comece o mais cedo possível: quanto antes, maiores serão as chances de resultados satisfatórios e da tão temida cirurgia. Além disso, o próprio tratamento em si é fundamental, já que, se não tratado, o pé torto congênito se agrava com o passar dos anos, dificultando muito a vida da criança.

Já nos primeiros dias de vida é possível tratar a doença, colocando espécies de gessos corretivos. E isso porque, nessa fase, os ossos dos bebês possuem bastante flexibilidade e capacidade de remodelação.

Então, com a colocação desses gessos, é possível estimular uma correção progressiva. Acredita-se que de 3 a 5 trocas de gesso já sejam suficientes para corrigir o pé torto.

Depois de obtida a posição correta do pé, coloca-se um pequeno aparelho para mantê-lo na posição correta: são espécies de botas. Essas botas para tratar o pé torto congênito devem ser usadas por um bom período de tempo.

Por fim, caso a criança já não tenha mais condições de usar o gesso, a única alternativa é o tratamento cirúrgico, cuja complexidade irá variar conforme a gravidade e o estado em que a má formação se encontra.

 

 

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