Conhecida como cistite, a infecção na bexiga é frequente, mas tem tratamento
Assim como outros órgãos, a bexiga está susceptível a infecções bacterianas. Estas são causadas por bactérias provenientes da flora intestinal, visto a proximidade anatômica entre intestino e bexiga, que faz parte do sistema urinário. Mais conhecida como cistite, a infecção da bexiga é frequente, surge independente da idade, atinge principalmente mulheres em idade fértil e com vida sexual ativa.
É importante lembrar que a cistite em homens acima de 50 anos é proveniente da retenção urinária, causada pelo aumento da próstata. Dentre as infecções que podem atingir a bexiga, a mais frequente é a Escherichia coli.
Cistite: Sintomas
Vários tipos de sintomas podem estar relacionados à infecção na bexiga. Dentre eles pode-se citar o ardor ao urinar, chamado de disúria, urinar em pouca quantidade mas várias às vezes ao dia(polaquiuria), ter a sensação de bexiga cheia, o que motiva a ida ao banheiro, sem que na realidade urine grande quantidade, sentir vontade repentina de urinar (imperiosidade) e dor no baixo ventre.
A cistite pode manisfestar-se com três sinas: pode surgir sangue na urina (hematúria), e esta pode ter um aspecto turvo, além estar acompanhada de mau cheiro.
Diagnóstico da cistite e suspeita de outras infecções
Nestas situações infecciosas em que não há alteração do bom estado geral, a febre nem sempre aparece. É muito importante ter em conta que se surgirem os sintomas descritos, associados a febre ou alteração do bom estado geral, a investigação da existência de uma infecção no rim (pielonefrite) ou no caso dos homens, uma infecção na próstata (prostatite aguda) deverá ser feita.
Acompanhado de uma análise da urina, grande parte das cistites simples podem ser diagnosticadas com base na avaliação dos sintomas e dos sinais que surgiram no paciente. Caso esta esteja infectada, o número de glóbulos brancos estará possivelmente alto, o que chamamos de leucocitose, bem o como o número de glóbulos vermelhos ( hematúria).
Um exame mais específico, chamado “urocultura”, identifica qual bactéria é a causadora da infecção. Normalmente este exame é pedido em pessoas que possuem determinados fatores de risco, para que assim o tratamento adequado seja iniciado.
A maior parte das mulheres com um primeiro episódio de cistite não precisam de fazer uma urocultura, sendo o diagnóstico feito com base na avaliação dos sintomas e num exame sumário de urina. Os homens jovens com um segundo episódio de cistite e os homens mais velhos com vários episódios da doença devem fazer uma urocultura e um estudo mais pormenorizado do aparelho urinário para determinar a existência de fatores que favorecem o desenvolvimento da infecção. Normalmente o tratamento é baseado em antibióticos. Estes serão definidos de acordo com a gravidade da infecção e à partir do histórico do paciente.