O termo squirting pode ser traduzido, do inglês, para “esguichando”. Esse também é uma das maneiras de chamar a ejaculação feminina. Cientificamente, há poucos estudos sobre o fenômeno. Será que é possível a mulher ejacular sem possuir próstata, vesícula seminal e canal espermático? Confira os mitos e verdades que rodeiam esse tabu.
Afinal, o squirting existe?
Naturalmente, a mulher produz um líquido que lubrifica as paredes vaginais e, dependendo do nível de excitação, pode fluir desde o começo da brincadeira até o orgasmo, escorrendo durante a penetração. Até aí, nenhuma novidade. Mas o squirting sugere algo completamente diferente: há um fluido – sem urina – jorrado pela uretra, que seria produzido pelas glândulas parauretrais, ou glândulas de Skene.
O processo começaria com a excitação sexual, que irrigaria grande quantidade de sangue no tecido ao redor da uretra, colocando as glândulas parauretrais para trabalhar e, por fim, enchendo a uretra do fluido. Esse processo deixaria o ponto G feminino, que fica próximo às glândulas, muitos sensível, aumentando de volume. O resultado do estímulo seria algo muito parecido com o gozo masculino, mas acontecendo dentro da vagina.
Desse modo, a esponja uretral ficaria inchada a ponto de soltar o fluido. A quantidade de squirting seria diferente de mulher para mulher, podendo ser aumentada com uma massagem nas paredes vaginais, tendo possibilidade de jorrar tanto na hora da penetração quanto no sexo oral ou nas preliminares. Tudo dependeria de achar o ponto G feminino.
Do que é feito o fluido do squirting?
Testes feitos com líquidos lançados de uma ejaculação feminina provaram que o fluido não é urina, como muitos pensam, e contém fosfatase ácida prostática ou PAP (prostatic acid phosphatase), importante elemento encontrado no sêmen masculino. Os mesmos testes comprovaram que os níveis de glicose do squirting são muito maiores dos que os detectados na urina.
Muitos filmes pornográficos se aproveitam da história para criar cenas exageradas de esguichos femininos. Há quem julgue isso apenas como um truque de Hollywood. Como o líquido se parece muito com água, alguns acreditam que as atrizes colocariam um pequena esfera com fluido dentro da uretra, expelindo e arrebentando através de contrações dos músculos.
Para os céticos, o squirting não passa de uma lubrificação vaginal intensa que, no momento do orgasmo e decorrente as contrações pélvicas, seria ejetado. Outros apostam em algo parecido com a urina, mas que não pode ser definido nem como urina nem como lubrificação. Há ainda quem defenda que a prática é possível sim, mas apenas para mulheres que conhecem bem o seu corpo – nesse caso, o tipo de estímulo influenciaria.
Relatos de mulheres que dizem já ter passado pela experiência divergem. Enquanto umas dizem que a experiência foi um pouco nojenta, apenas tendo valido a pena pelo seu companheiro ter se inspirado mais, outras dizem que foi uma experiência maravilhosa, um orgasmo de corpo inteiro, com a ejaculação como ponto máximo. O jeito é continuar praticando até descobrir se o squirting é verdade ou mito.