Clínica Geral

Bexiga hiperativa: entenda as causas e busque tratamento

Por Redação Doutíssima 22/11/2014

Estima-se que 16% dos homens e 17% das mulheres acima dos 60 anos sofram com os sintomas da bexiga hiperativa. Antes desta idade, o problema é menos frequente, mas pode ser registrado.

Definida como a contração inadequada do músculo detrusor (músculo liso da parede da bexiga que tem por função receber e eliminar a urina), o problema é classificado como uma variação da incontinência urinária.

bexiga-hiperativa

Problema é parecido com a incontinência urinária e é bem comum. Foto: iStock, Getty Images

Como é um caso de bexiga hiperativa?

A disfunção se manifesta a partir da vontade súbita e descomedida de urinar, e da perda miccional involuntária de quantidades variadas. A contratura constante da bexiga costuma gerar desconforto intenso, além de comprometer a vida social, já que a pessoa que sofre deste mal tem sua rotina limitada por precisar ir seguidamente ao banheiro.

Há ainda impactos psicológicos como a depressão, pois a pessoa com bexiga hiperativa tende a afastar-se de amigos e familiares para não se expor ou não ter de mencionar a dificuldade.

São duas as formas em que a alteração se apresenta: a bexiga hiperativa idiopática, quando o distúrbio surge sem motivo aparente, e a neurogência, quando tem relação com patologia neurológica, como derrame, Alzheimer, Parkinson e traumatismo raquimedular.

As causas dessa disfunçãoainda não foram descritas com exatidão pelos médicos. Alguns especialistas arriscam algumas hipóteses, entre elas:

– Falha na conexão do córtex cerebral com a bexiga

– Acréscimo de fibras sensitivas da bexiga

Redução do domínio inibitório do sistema nervoso central

– Nos homens, pode ser resultado do aumento da próstata, ou de tratamentos de radioterapia ou braquiterapia

– Quando em jovens, é preciso considerar enfermidades neurológicas, como esclerose múltipla

– Em idosos, as razões mais comuns são: acidente vascular cerebral, Alzheimer, Parkinson e hiperplasia benigna da próstata

Traumatismo craniano.

Formas de tratar a bexiga hiperativa

– Micções programadas

É preciso “treinar” a bexiga de maneira que haja horários para expelir a urina. Planificar as idas ao banheiro consiste em desviar o foco de pensamento quando sentir a necessidade de urinar, respirar mais lentamente ao deparar-se com a urgência de ir ao toalete e contrair os músculos pélvicos na tentativa de relaxar a bexiga.

Quando perceber que a vontade de fazer xixi está controlada, vá ao banheiro e tente segurar um pouco mais antes de finalmente expelir a urina.

– Cuide da alimentação

Evite a ingestão de alimentos que retêm líquidos, como melão e melancia, especialmente à noite.

– Uso de remédios

As drogas mais utilizadas para conter a bexiga hiperativa são o Detrusitol LA, o Enablex e o Retemic UD.

– Fisioterapia

O trabalho focado ao assoalho pélvico ajuda a contornar o problema.

– Aplicação de botox na bexiga

Este recurso costuma trazer bons resultados e seus efeitos duram de seis a nove meses. Após o período, recomenda-se a reaplicação do líquido.

– Implantação de marca-passo na bexiga

Neste caso, o controle mictório é feito por neuroestimulação.

O especialista indicado para o diagnóstico deste tipo de disfunção é, naturalmente, o urologista. A melhor forma de detecção da bexiga hiperativa, por fim,é a realização de urodinâmica, exame computadorizado feito a partir de sondas.

 

 

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