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Polissonografia analisa sono e ajuda a dormir melhor

Por Redação Doutíssima 30/11/2014

A polissonografia é o recurso utilizado para quem não consegue ter o sono tranquilo, nem desfrutar das horas dedicadas ao repouso. É o exame específico de averiguação de distúrbios do sono. A partir do diagnóstico é possível analisar o padrão vigília-sono de cada indivíduo.

 

Dormir bem é fundamental para a boa manutenção do organismo. Durante o sono, o corpo se restabelece dos desgastes do dia a dia. É à noite que o metabolismo trabalha pela renovação celular, pela consolidação da memória, pelo reforço do sistema imune, além de neutralizar a ação dos radicais livres (agentes responsáveis pelo envelhecimento).

polissonografia

Sono de má qualidade interfere na qualidade de vida. Foto: iStock, Getty Images

Nem todo mundo, no entanto, consegue aproveitar as horas de descanso noturno como deveria, tendo um sono de má qualidade, o que reflete na rotina: quem dorme mal tende a apresentar problemas de concentração, cansaço e estresse, entre outros. Diversos podem ser os agentes desencadeadores do repouso inadequado. É aí que entra a necessidade da PSG.

 

Com sensores espalhados pelo corpo do paciente é possível registrar simultaneamente as variáveis eletrofisiológicas, como a função elétrica cerebral (eletro-encefalograma), a movimentação dos olhos (eletro-oculograma), a atividade muscular (eletromiograma), o ritmo cardíaco, o fluxo respiratório, a oxigenação sanguínea (oximetria), e o ronco.

 

Polissonografia consiste na observação do sono

 

O exame consiste, portanto, em observar o comportamento de sono por pelo menos oito horas com a ajuda de eletrodos fixados sem que os movimentos do paciente fiquem comprometidos na cama do ambulatório. O propósito da polissonografia é, enfim, monitorar o sono habitual, ou seja, o sono espontâneo, não-induzido por medicamentos, a fim de indicar os fatores que possam estar comprometendo o pleno repouso do indivíduo.

 

A polissonografia costuma ser prescrita pelos médicos a pessoas que roncam, têm suspeitas de apneia noturna (disfunção caracterizada pela interrupção dos movimentos respiratórios por alguns segundos durante a noite), dispneia (falta de ar), que reclamam de sonolência excessiva durante o dia, com queixas de memória curta, com quadros de pressão alta ou com sono descrito como agitado.

 

Distúrbios do sono investigados na polissonografia

 

Da mesma maneira, o exame pode ser aplicada na investigação de insônia, sonambulismo, terror noturno e bruxismo, etc. Ao ser o teste clínico capaz de diagnosticar os possíveis interruptores da qualidade do sono, a polissonografia pode ajudar o paciente a dormir melhor após a identificação e o tratamento dos problemas.

 

Via de regra, o exame é realizado em quartos individuais, em clínicas especializadas. Ainda assim, há casos em que a polissonografia pode ser feita em casa, em situações em que a pessoas têm dificuldades de dormir fora; além de indivíduos com limitações locomotoras, a exemplo de idosos e acamados, entre outros.

 

Poucas são as restrições para que o paciente se submeta ao exame. O exame só é contraindicado em situações de gripe, febre e quando o examinado recém retornou de viagem internacional, podendo ainda estar sujeito aos efeitos das mudanças de fuso horário, considerando que essas situações podem contribuir para alterações importantes no teste.

 

Para poder ser encaminhado à polissonografia, o paciente deve informar ao médico que prescreve o exame o uso de medicamentos controlados, como antidepressivos, ansiolíticos, hipnóticos e anti-psicóticos, já que o especialista deve avaliar a suspensão destes remédios semanas antes da realização da PSG.

 

 

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