Guia dos Dentes

Halitose pode indicar problemas no organismo

Por Redação Doutíssima 03/12/2014

A constrangedora halitose, ou mau hálito como é conhecida, nem sempre é sinônimo de má higiene, como a maioria das pessoas pode pensar. Conforme a Sociedade Brasileira de Halitose (ABHA) há cerca de 60 causas possíveis para o problema, que sugere atingir 30% da população brasileira.

 

Ainda que de 90% a 95% dos fatores que desencadeiam o hálito desagradável tenham origem na boca, estima-se que em 5% a 10% tenham procedência extra-bucal, o que compreende vias aéreas superiores e o metabolismo como um todo.

 

halitose

O mau hálito deve ter sua origem deve ser investigada. Foto: iStock, Getty Images

 

Quando proveniente da cavidade oral, a halitose pode estar ligada a problemas de dentes semi-inclusos; gengivite; periodontite e excesso tecidual na gengiva; saburra lingual; lesões cirúrgicas; cáries abertas e extensas; próteses mal encaixadas; abscessos; cistos dentígeros e câncer de boca; entre outros.

 

Associada a disfunções fora da abrangência bucal, a halitose pode ser um indício de diabetes não-compensado; refluxo gastroesofágico; hipoglicemia; alterações no fígado, rins e intestino; doenças reumáticas (articulações, músculos, ligamentos e tendões); e até de alguns tipos de carcinomas (tumores).

 

Outras patologias que podem estar ligadas ao mau hálito são as sinusopatias, as dificuldades respiratórias e as amídalas (tonsilas) inflamadas. Essa última pode provocar maior produção de muco que, armazenado na zona posterior da língua, produz mais saburra lingual e resulta na halitose.

 

Para identificar causa do mau hálito, é preciso consultar o dentista ou o otorrinolaringologista, que na sequência deve encaminhar o paciente a especialidade mais apropriada para investigação mais apurada. O mau cheiro bucal pode ser também um sinal de que algo não anda bem no organismo, o que exige muita atenção.

Casos de halitose podem ser tratados

Segundo os especialistas, 99% dos casos de mau hálito podem ser tratados. Antes, contudo, é essencial encontrar as causas do problema. Como soluções caseiras para a halitose de raiz não-sistêmica – o mau hálito gerado na boca – existem algumas dicas: consumir no mínimo dois litros de água por dia; manter dieta equilibrada.

 

É importante incluir no cardápio alimentos detergentes, ou seja, que contribuam com a limpeza bucal. Alguns deles são: maçã, gengibre, cenoura, pepino, iogurte natural sem açúcar e aipo, etc); evitar alimentos odoríferos, ou seja, que possam modificar o hálito (cebola, alho, curry, etc); abandonar o tabaco; e gerenciar o estresse.

Alimentação adequada para prevenir halitose

A alimentação regular também é excelente dica para melhorar o hálito. O ideal é fazer refeições de três em três horas, impedindo jejuns delongados; fazer bochechos diários com enxaguantes bucais, de preferência sem álcool; buscar meios que levem à redução do nível de ansiedade, como yoga, pilates, entre outros.

 

Uma sugestão bem eficiente é procurar não manter a boca fechada por muito tempo. A movimentação da mandíbula estimula a produção de saliva, “agente natural” de limpeza da boca.

 

Para quem quer se sentir mais confiante quanto ao ar que exala, já há no mercado aparelhos próprios para este tipo de medição: o halímetro e o breathalert. Portáteis, possibilitam que o indivíduo monitore o próprio nível de halitose. Em uma escala de zero a quatro, o aparato mede o grau de mau hálito diário. O custo do equipamento gira em torno de duzentos reais.

 

 

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