A neuropatia diabética é uma das complicações mais sérias da diabetes tipo 2. Ela está entre os maiores e mais complexos distúrbios provocados pelo aumento da glicose no sangue, que já se tornou uma epidemia mundial. Estima-se que, em todo o mundo, mais de 380 milhões de pessoas sejam portadoras da diabetes tipo 2.
Considerada, até pouco tempo, uma doença da terceira idade, a diabetes hoje já atinge até crianças menores de 10 anos, que também sofrem as consequências, como a neuropatia diabética.
Este distúrbio chega a atingir metade dos pacientes diabéticos e é preocupante à medida em que atinge os membros periféricos, sendo o principal responsável pela amputação de pés.
Neuropatia diabética acaba com sensibilidade
A neuropatia diabética acontece quando os nervos dos membros sofrem interferência na comunicação e provocam a diminuição da sensibilidade nas extremidades do corpo, como nas mãos, braços, pernas e pés. Podendo ocorrer também na região do tórax, rosto e genitálias.
Distúrbio que não surge da noite para o dia, a neuropatia pediátrica leva anos para se manifestar. Por isso, é considerada uma complicação de pacientes idosos, geralmente diagnosticada em pessoas com mais de 65 anos.
A diminuição do fluxo sanguíneo, provocado pelos altos níveis de açúcar no sangue, são os responsáveis pelas lesões nervosas e a dificuldade de comunicação com as extremidades do corpo. Com o passar do tempo é como se a sensibilidade fosse morrendo e sintomas como formigamento, queimor e dores no local são observados.
Impacto negativo na qualidade de vida
Há pacientes que relatam dor até ao colocar um lençol sobre os pés, nestes casos a neuropatia diabética está avançada e qualquer lesão pode provocar a amputação de um membro.
Sintomas como hipotensão repentina, ou seja, queda da pressão arterial de forma brusca, tontura, impotência sexual, sudorese e distúrbios do sono também pode se manifestar nos pacientes. Gerando impacto negativo na qualidade de vida dessas pessoas.
O diagnóstico deste distúrbio pode ser feito pelo próprio médico de referência do paciente. No próprio consultório, durante um exame físico, o especialista irá testar os reflexos dos tornozelos, sensibilidade dos pés e mãos, alteração na cor da pele e se há variação da pressão arterial durante um movimento de levanta e senta rápido.
Tratamento da neuropatia diabética
O tratamento para a neuropatia diabética é um controle rigoroso dos níveis se açúcar do sangue. Isso significa ter uma dieta pobre em gordura, carboidratos e açúcares.
O controle nutricional aliado ao uso de medicação adequada é capaz de provocar a regressão dos sintomas da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. Entretanto, não há cura para o problema.
O diagnóstico precoce acaba se tornando o principal aliado desta disfunção tão grave. Por isso, manter uma rotina de consulta com o médico de referência do paciente é importante. E ao primeiro sinal de neuropatia diabética é possível iniciar as mudanças de hábitos ou mesmo começar o uso de medicação.
Quando sem tratamento, a neuropatia diabética pode provocar, além dos problemas já mencionados, infecção na bexiga e nos rins, angina, dor no peito que serve de alerta para infarto ou outras doenças cardíacas.
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