Clínica Geral

Salivação em excesso pode ser consequência de doença

Por Redação Doutíssima 17/12/2014

A saliva é um importante aliado na hora da digestão. Ela também é capaz de defender nosso organismo de contaminações e cumpre função importante na limpeza e na cicatrização da boca. Mas é preciso ficar atento quando a salivação em excesso ocorre sem motivo aparente, pois ela pode ser consequência de uma série de doenças importantes.

 

 

salivação em excesso

Dificuldade em engolir pode ser um dos sinais de problemas. Foto: iStock, Getty Images

 

Muitas doenças estão ligadas à salivação em excesso

 

Nossas glândulas salivares são capazes de produzir de 1 a 2 ml de saliva por minuto, o que equivale a 2 litros por dia. Essa quantidade é mais que necessária para mantermos nossa boca lubrificada e hidratada durante todo o dia, evitando o mau hálito. Quando a produção de saliva supera os 2 litros por dia deve ser investigada a origem do problema.

 

Entre as causas mais comuns da salivação em excesso estão dificuldade de engolir, dentaduras novas, gravidez, estomatite, infecções na boa e na garganta, refluxo e uso de diversos medicamentos.

 

A produção excessiva de saliva também pode ser sintoma de envenenamento, raiva, sífilis, tuberculose e atresia de esôfago, distúrbio comum em recém-nascidos.

 

Em menor incidência, o problema também pode estar associado à esclerose múltipla e lateral amiotrófica, autismo, paralisia cerebral, demência, Síndrome de Down, Mal de Parkinson e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

 

Em crianças, a salivação em excesso é comum durante o período de nascimento dos dentes. Nesta fase é importante os pais ficarem atentos, pois os pequenos podem se afogar com a própria saliva seja porque não conseguiram engolir o líquido ou porque estão com objetos na boca.

 

Isso favorece a produção de saliva e dificulta a deglutição. A produção excessiva de saliva também pode causar assaduras no queixo e nas bochechas.

 

Histórico familiar determina salivação em excesso

 

Ao não conseguir identificar a causa da salivação em excesso, o aconselhável é buscar auxílio de um médico. Clínico geral, pediatra, no caso das crianças, otorrinolaringologista e dentista são profissionais capacitados a mapear e descobrir a origem da produção excessiva de saliva pelo organismo.  

 

Ao buscar orientação médica, é importante que o paciente tenha descrito todos os sintomas presentes e desde quando notou o início deles. Histórico familiar, medicamentos que foram ou que estão sendo usados e exames de rotina anteriores também contribuem na busca pela causa da salivação em excesso.

 

O tratamento para o distúrbio está diretamente ligado a doença ou condição que desencadeia a produção excessiva das glândulas salivares. Por isso, não há medicação específica para que haja a produção de saliva seja reduzida. Algumas mudanças de hábito contribuem para a melhora do problema. Escovar os dentes e a língua e fazer uso de antisséptico bucal ajudam.

 

Fazer pequenas refeições ao dia, ao invés de três refeições substanciosas, com intervalos regulares, diminuir o consumo de alimentos com amido, como pães, biscoitos e bolos, e de frutas cítricas, assim como evitar dormir após uma refeição pesada também ajuda no controle da salivação.

 

 

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