A saliva é um importante aliado na hora da digestão. Ela também é capaz de defender nosso organismo de contaminações e cumpre função importante na limpeza e na cicatrização da boca. Mas é preciso ficar atento quando a salivação em excesso ocorre sem motivo aparente, pois ela pode ser consequência de uma série de doenças importantes.
Muitas doenças estão ligadas à salivação em excesso
Nossas glândulas salivares são capazes de produzir de 1 a 2 ml de saliva por minuto, o que equivale a 2 litros por dia. Essa quantidade é mais que necessária para mantermos nossa boca lubrificada e hidratada durante todo o dia, evitando o mau hálito. Quando a produção de saliva supera os 2 litros por dia deve ser investigada a origem do problema.
Entre as causas mais comuns da salivação em excesso estão dificuldade de engolir, dentaduras novas, gravidez, estomatite, infecções na boa e na garganta, refluxo e uso de diversos medicamentos.
A produção excessiva de saliva também pode ser sintoma de envenenamento, raiva, sífilis, tuberculose e atresia de esôfago, distúrbio comum em recém-nascidos.
Em menor incidência, o problema também pode estar associado à esclerose múltipla e lateral amiotrófica, autismo, paralisia cerebral, demência, Síndrome de Down, Mal de Parkinson e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Em crianças, a salivação em excesso é comum durante o período de nascimento dos dentes. Nesta fase é importante os pais ficarem atentos, pois os pequenos podem se afogar com a própria saliva seja porque não conseguiram engolir o líquido ou porque estão com objetos na boca.
Isso favorece a produção de saliva e dificulta a deglutição. A produção excessiva de saliva também pode causar assaduras no queixo e nas bochechas.
Histórico familiar determina salivação em excesso
Ao não conseguir identificar a causa da salivação em excesso, o aconselhável é buscar auxílio de um médico. Clínico geral, pediatra, no caso das crianças, otorrinolaringologista e dentista são profissionais capacitados a mapear e descobrir a origem da produção excessiva de saliva pelo organismo.
Ao buscar orientação médica, é importante que o paciente tenha descrito todos os sintomas presentes e desde quando notou o início deles. Histórico familiar, medicamentos que foram ou que estão sendo usados e exames de rotina anteriores também contribuem na busca pela causa da salivação em excesso.
O tratamento para o distúrbio está diretamente ligado a doença ou condição que desencadeia a produção excessiva das glândulas salivares. Por isso, não há medicação específica para que haja a produção de saliva seja reduzida. Algumas mudanças de hábito contribuem para a melhora do problema. Escovar os dentes e a língua e fazer uso de antisséptico bucal ajudam.
Fazer pequenas refeições ao dia, ao invés de três refeições substanciosas, com intervalos regulares, diminuir o consumo de alimentos com amido, como pães, biscoitos e bolos, e de frutas cítricas, assim como evitar dormir após uma refeição pesada também ajuda no controle da salivação.
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