Você já ouviu aquela expressão útero caído? Pois bem, ela existe e é uma condição constrangedora, incômoda e até dolorida para algumas mulheres. O prolapso uterino acontece devido ao enfraquecimento dos músculos, membranas e ligamentos que sustentam o órgão dentro da cavidade pélvica. Em casos graves, o útero pode aflorar na vagina.
O prolapso uterino está relacionado à idade da mulher e também à gestação. Mas também envolve causas como partos normais múltiplos, obesidade, procedimento cirúrgico ou infecções da pelve, redução dos níveis de estrogênio devido à menopausa, aumento da pressão intra-abdominal, levantamento de peso excessivo.
O prolapso uterino pode não ser percebido
O deslocamento do útero pode permanecer imperceptível durante anos, o que pode agravar e até provocar complicações na mulher. Durante a gestação, e também em outras fases da vida, os sintomas mais comuns do prolapso uterino são dor na lombar, sensação de peso na pelve ou de algo saindo pela vagina, dores durante o ato sexual, corrimento vaginal, dificuldade de fazer xixi e de evacuar e até de caminhar em curtas distâncias.
Além de levar em consideração esses sintomas, o ginecologista pode pedir exames específicos, como pielografia, ultrassonografia e ecografia, tanto para confirmar a condição como também para excluir outros problemas pélvicos.
O pré-natal feito de forma correta e regular pode ajudar no diagnóstico precoce do prolapso uterino e também dar mais segurança ao profissional na hora de direcionar o tratamento da paciente. O tratamento pode ser simples ou complexo e está relacionado com a origem do problema.
É importante que a mulher saiba que é normal ter útero baixo durante a gestação. Para que o parto aconteça de forma adequada o próprio corpo envia hormônios que fazem o útero descer. No entanto, há condições que fogem à normalidade e que podem representar risco de parto prematuro e até complicações para a mãe e para o feto. Por isso, a importância do pré-natal.
O tratamento para prolapso uterino na gestação envolve exercícios para o fortalecimento do músculo pélvico – sempre orientado por um fisioterapeuta –, repouso e controle de peso. Em casos graves, a cirurgia é indicada após o nascimento do bebê.
Nos outros casos, fora do período da gestação, o tratamento pode incluir perda de peso, em caso de obesidade, reposição hormonal na menopausa, pois o estrogênio ajuda a restaurar a força dos tecidos vaginais, e cirurgia para reposicionamento do útero na cavidade pélvica ou mesmo a remoção do órgão.
Para esta última opção são levadas em consideração a idade e a vida fértil da paciente. Em todos os casos são indicados exercícios para fortalecimento dos músculos da pélvis orientados por um fisioterapeuta.
Prolapso uterino interfere na autoestima feminina
O prolapso uterino é capaz de não apenas afetar o físico da mulher, mas também seu emocional. Pesquisas mostram que pacientes com essa disfunção se excluem do convívio social e têm sua autoestima e qualidade de vida prejudicadas. Não raramente, desenvolvem quadros depressivos.
Além de profissionais, como ginecologista, fisioterapeuta e educador físico, também podem fazer parte do quadro de profissionais no tratamento um psicólogo ou terapeuta. A conscientização sobre a disfunção é vital assim como excluir o fator culpa.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima!