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Saiba o que é e como tratar o transtorno afetivo bipolar

Por Redação Doutíssima 02/01/2015

Também conhecido como transtorno bipolar do humor, o transtorno afetivo bipolar é um distúrbio psiquiátrico muito bem definido, tendo sua manifestação típica bem caracterizada e reconhecível, permitindo um diagnóstico precoce e confiável.

Sua característica mais marcante é a alternância de humor, que às vezes ocorre de forma súbita, com episódios de depressão e de euforia e de períodos assintomáticos entre eles, sendo que suas crises podem variar de intensidade (leve, moderada e grave), frequência e duração.

transtorno afetivo bipolar

Psicoterapia e medicamentos ajudam a controlar a doença. Foto: iStock, Getty Images

 

Transtorno afetivo bipolar é tratável

Apesar de se tratar de uma doença crônica potencialmente grave, ela é tratável. No entanto, o tratamento não se limita apenas ao uso de medicamento. É necessário o auxílio e acompanhamento psiquiátrico para remissão dos episódios depressivos e prevenção de novos episódios.

Em geral, o transtorno afetivo bipolar se manifesta tanto nos homens quanto nas mulheres, entre os 15 e os 25 anos, mas também pode afetar as crianças e pessoas mais idosas.

Estima-se que 1,5% da população mundial sofram com as flutuações de humor, que têm reflexos negativos sobre o comportamento e atitudes dos indivíduos, provocando sempre uma reação desproporcional aos fatos que serviram de gatilho ou, até mesmo, independem deles.

A causa efetiva do transtorno afetivo bipolar ainda não foi determinada, mas já se sabe que a doença tem relação com fatores genéticos, alterações em áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores, assim como já ficou demonstrado que alguns eventos podem precipitar a manifestação desse distúrbio do humor nas pessoas geneticamente predispostas.

É o caso de episódios frequentes de depressão ou início precoce dessas crises, puerpério, estresse prolongado, remédios inibidores do apetite (anorexígenos e anfetaminas), e disfunções da tireoide, como o hipertireoidismo e o hipotireoidismo.

Identificação do transtorno afetivo bipolar

O transtorno afetivo bipolar pode se manifestar de três formas. Na primeira, o portador do distúrbio apresenta períodos de mania, que duram, no mínimo, sete dias, podendo ter fases de humor deprimido, que se estendem de duas semanas a vários meses.

Neste quadro, os sintomas são intensos e provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem comprometer não só os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, como também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do paciente e das pessoas que com ele convivem.

Isso tudo pode exigir internação hospitalar por causa do risco aumentado de suicídios e da incidência de complicações psiquiátricas.

O transtorno em sua segunda manifestação costuma alternar entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado mais leve de euforia, excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade) sem ter um prejuízo maior para o comportamento e as atividades do paciente.

Sua terceira manifestação enquadra pacientes que apresentam um familiar de primeiro grau com transtorno afetivo bipolar do tipo I, que mesmo que nunca tenham apresentado qualquer episódio anterior de mudança de humor, mas que diante de um episódio depressivo deveriam ser tratados como bipolares latentes.

Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada. Para isto, é preciso fazer um tratamento que inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, tais como o fim do consumo de substâncias psicoativas, (cafeína, álcool e drogas) o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.

O uso da psicoterapia é outro recurso importante no tratamento da bipolaridade, uma vez que oferece suporte para o paciente superar as dificuldades impostas pelas características da doença.

 

 

 

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