Um dos componentes do nosso sangue são as chamadas hemácias, conhecidas mais comumente como os glóbulos vermelhos. O exame VHS serve para medir o tempo necessário para que esses glóbulos atinjam o fundo de um recipiente, separando o soro do sangue. É por isso que ele se chama velocidade de hemossedimentação (VHS).
Bastante antigo, o exame VHS vem sendo feito desde os anos 1920, quando era utilizado para detectar a tuberculose ou realizar testes de gravidez. Hoje, com o surgimento de testagens específicas, esse procedimento tem uma utilidade mais ampla.
Como funciona o VHS?
O processo do VHS é bastante simples. É possível solicitá-lo junto a um exame de sangue comum, um hemograma. Como as hemácias do sangue têm uma carga negativa, e cargas iguais se repelem, elas vão ficar agrupadas devido à gravidade. A velocidade com que isso ocorre é o que mede o exame VHS.
Porém, se no soro sanguíneo utilizado para o teste houver muitas substâncias com cargas positivas, a repulsão entre as hemácias pode ser reduzida, provocando um VHS elevado, já que elas se depositam mais rapidamente.
Em geral, o exame tem resultado divulgado em milímetros por hora (mm/h), e fica sendo medido no período entre uma e duas horas. O recipiente utilizado para testagem fica parado, sem que haja coagulação.
Depois do tempo delimitado, é medida a quantidade (em mm) de hemácias no fundo do depósito, repetindo o procedimento de observação uma segunda vez. Apesar de ser sensível, o VHS não é muito específico.
Ele pode estar alterado desde começo e isso acontece com frequência. Utilizado para várias doenças diferentes, ele não costuma indicar doenças específicas.
O que é detectado no exame VHS?
São inúmeras as doenças que fazem com que o exame VHS dê um resultado com maiores ou menores níveis de hemácias.
As doenças que provocam um aumento muito grande da velocidade de hemossedimentação são as autoimunes (como o lúpus e a artrite), a tuberculose, o mieloma múltiplo, a anemia severa, inflamações e infecções, insuficiência renal, hepática ou cardíaca, diarreia, obesidade, diabetes, crioglobulinemia, síndrome nefrótica, e câncer.
Para o resultado dessas doenças, o diagnóstico consiste em um número maior que 100 mm/h. Além dessas doenças, o exame VHS também serve para descobrir a gravidez, já que também aumenta a velocidade de hemossedimentação no organismo.
A redução do VHS acontece em doenças como a leucocitose severa, a esferocitose hereditária, a anemia hemolítica, a policitemia, o uso de corticosteroides e a hipofibrinogenia.
Para quem é necessário este exame?
O exame de velocidade de hemossedimentação é geralmente solicitado por médicos especialistas em reumatologia. Isso porque, combinado ao exame da Proteína C Reativa (PCR), ele é muito utilizado para diagnosticar casos de doenças do tecido conjuntivo, como artrite e osteoporose, geralmente mais comuns em idosos.
Quanto maior a idade, maior o VHS indicado. Por isso, é necessária uma análise cuidadosa dos resultados, avaliando também o histórico do paciente. O diagnóstico varia de acordo com métodos de observação. A realização de mais de um exame é fundamental para um resultado mais preciso, que vem após a comparação.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!