Dor de cabeça constante, fastio, febre, cansaço e coriza, muita coriza. Quem já teve uma crise de sinusite conhece perfeitamente esses sintomas – e o quanto essa inflamação, que ataca as mucosas dos seios paranasais da face, pode ser incômoda e reduzir a qualidade de vida. Mas a cirurgia para sinusite pode ser uma alternativa para amenizar o quadro.
Cirurgia para sinusite desobstrui o nariz
Antes da cirurgia para sinusite, o nariz fica obstruído, restringindo a capacidade de percepção de aromas e sabores e perturbando inclusive o sono, pela dificuldade respiratória, que pode causar apneia e encefalites agudas. Para minimizar tudo isso, só com o uso constante de anti-inflamatórios e sprays de corticoides.
Causada por agentes variáveis, a doença pode se originar a partir de uma complicação gripal, por alergia ou em função de uma obstrução nasal chamada de desvio do septo, estrutura responsável pela divisão do nariz em duas cavidades.
Quando um resfriado perdura por mais de 10 dias ou os demais sintomas se prolongam para além de oito semanas, é indício forte de que a patologia está se tornando crônica e de que o tratamento convencional não deu conta. Nestes casos, uma cirurgia para sinusite pode ser indicada como única solução eficaz.
Procedimentos possíveis
Indiferente do método, o objetivo de uma cirurgia para sinusite crônica, com ou sem polipose nasal, consiste sempre em ampliar a região de drenagem dos seios da face, evitando que a secreção se acumule. Visa-se ainda facilitar a limpeza da região e a consequente absorção dos remédios administrados.
O tipo de intervenção varia conforme a natureza do problema, que pode ser anatômico ou infeccioso. Em geral, os procedimentos mais adotados são a cirurgia endoscópica nasossinusal, a sinuplastia endoscópica, a cirurgia endoscópica endonasal e a sinusectomia.
Quem deve fazer cirurgia para sinusite
Em alguns casos de sinusite crônica, pode-se obter resultado satisfatório apenas com a terapia clínica, que envolve administração de corticóides tópicos, sistêmicos e antialérgicos.
Quando há complicações graves, porém, a exemplo de catarro constante que cai do nariz para a garganta ou fungos resistentes a antibióticos, a única alternativa viável é uma cirurgia para sinusite. Além de melhora efetiva do quadro atual, ela também se mostra decisiva para a a prevenção de reincidências.
Como funcionam as intervenções
Atualmente, há diversos procedimentos possíveis para uma cirurgia para sinusite, mas praticamente todos utilizam o endoscópico, microcâmera que torna o processo minimamente invasivo. Ele permite a visualização nítida e ampliada, bem como acesso a toda a cavidade nasal, facilitando a remoção do elemento responsável pela obstrução.
Conforme o caso, podem ser adotados também equipamentos de radiofrequência ou laser, que dispensam a necessidade de tampão nasal pós-cirúrgico, comum nos procedimentos tradicionais.
Estão disponíveis ainda novos recursos como o debriador, que facilita a remoção dos pólipos, e a endoscopia com balão, que consiste na inflagem do mesmo dentro da narina, quebrando algumas pequenas partes ósseas e simplificando a retirada da secreção.
Em geral, todos os métodos são realizados no próprio ambulatório, com anestesia geral e duração inferior a quatro horas de procedimento. Apesar de tecnicamente complexas, as cirurgias permitem alta do paciente no mesmo dia, sem cortes ou cicatrizes externas.
Resultados do procedimento
Quando bem sucedida, a cirurgia para sinusite promove benefícios ao fluxo respiratório e reversão do processo inflamatório, com alívio dos sintomas conforme a cicatrização vai se consolidando.
Em aproximandamente 30 dias a evolução já é nítida, mas entre três meses e um ano se torna evidente a retomada da capacidade respiratória. Mesmo em contextos nos quais é impossível remover totalmente o fator obstrutivo, a melhora na qualidade de vida do paciente é indiscutível.