Medicamentos

Como atua o hormônio do crescimento? Saiba mais!

Por Redação Doutíssima 23/01/2015

O hormônio do crescimento, conhecido como GH (Growth Hormone, em inglês), é o responsável não apenas pelo nosso crescimento longitudinal, ou seja, para cima, mas também pelo desenvolvimentos das células de modo geral.

Quando há algum problema em sua produção, que é feita numa glândula chamada hipófise, ele pode provocar baixa estatura, que é conhecido como nanismo, e acromegalia, ou gigantismo, provocando crescimento exagerado das mãos, pés, nariz e orelhas. O tratamento com reposição de GH é oferecido pelo Sistema Único de Saúde em todo o País.

hormonio do crescimento

Deficiência na produção deste hormônio pode causar nanismo. Foto: iStock, Getty Images

Falta na produção do hormônio do crescimento

 

deficiência na produção do hormônio do crescimento pode acontecer por vários motivos, entre os principais, estão problemas genéticos, radiação devido a tumores na área da hipófise ou ainda traumas no parto.

Quando há falta de GH, acontece o que os médicos chamam de nanismo harmônico, ou seja, a criança não terá mais do que 1,30 m e terá os membros e o tronco de forma harmônica, diferentemente do nanismo acrodroplásico, quando o tronco é normal e os membros arqueados e curtos.

Nesse segundo caso, o nanismo acontece devido a problemas nas cartilagens das pernas e braços e não na produção do hormônio do crescimento pela hipófise.

O tratamento com reposição de GH deve ser iniciada assim que se tem o diagnóstico. Quanto mais cedo, melhores são os resultados.

Como a alteração do crescimento pode ser vista desde muito cedo, é importante que os pais acompanhem as marcas de crescimento descritas nas carteirinhas das crianças e, ao sinal de qualquer alteração, devem procurar ajuda de um endocrinologista infantil.

Excesso do hormônio do crescimento

 

Quando a hipófise produz de forma demasiada o hormônio do crescimento acontece a acromegalia. Ela pode acontecer na vida adulta, quando as cartilagens já estão fechadas, ou ainda na infância ou puberdade. Em 98% dos casos, o excesso na produção do GH está relacionada a presença de tumores benignos na hipófise.

O tratamento para acromegalia pode ser cirúrgico, mas isso somente é recomendado quando os tumores têm menos de um centímetro de diâmetro. Os índices de cura chegam a 90%. A radioterapia é indicada quando os tumores não podem ser removidos com cirurgia. Há ainda o tratamento clínico, feito com aplicação intramuscular de medicamentos.

Quando descoberta a localização da glândula que produz o hormônio do crescimento no cérebro na década de 1960, médicos e pesquisadores conseguiam o GH a partir da hipófise de cadáveres.

Mas isso limitava muito a aplicação e os tratamentos. Com a evolução da medicina e o desenvolvimento do DNA recombinante, tornou-se possível produzir esse hormônio vital para os seres humanos em laboratório. Com isso, hoje é possível usar o hormônio do crescimento de forma segura e eficaz no tratamento do nanismo e da acromegalia.

Algumas pessoas usam indiscriminadamente o GH para obter maior massa muscular. Mas essa atitude representa riscos à saúde, além de causar a deficiência permanente da hipófise. O uso em academias não é aconselhável pelos médicos.

 

 

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