Clínica Geral

Epidemia de ebola: Como a doença avança no mundo

Por Redação Doutíssima 29/01/2015

A epidemia de ebola já provocou quase 8 mil mortes na África Ocidental e contabiliza mais de 20 mil casos de pessoas infectadas pelo vírus, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse é considerado o maior surto já registrado da doença desde a sua descoberta, em 1976, no antigo Zaire, atual República Democrática do Congo.

epidemia de ebola

O surto colocou todos os países em alerta para evitar novos casos da doença. Foto: iStock, Getty Images

A epidemia de ebola é tida como emergência pública sanitária internacional e encarada pela OMS como o maior problema de febre hemorrágica, tanto em número de mortos como em incidência e  extensão geográfica, já registrado no mundo.

O país que mais chama atenção nesse momento é Serra Leoa, onde o vírus ganhou força, desde o final de 2014. Lá mais de 330 pessoas morreram em pouco mais de duas semanas.

 

De acordo com o cientista belga, um dos descobridores do vírus, Peter Piot, a China está sob eminente ameaça da epidemia, devido à quantidade de chineses trabalhando na África.

O pesquisador acredita que a crise da doença deva durar até o final deste ano, quando passará a sofrer declínio. Antes, porém, cerca de 10 mil pessoas ainda devam morrer em função do ebola.

 

Epidemia de ebola segue em território africano

 

A epidemia de ebola ainda não saiu da fronteira africana, mas nove países já relataram ter casos da doença. Nos Estados Unidos, primeiro país a tratar um paciente com o vírus dentro de suas fronteiras, já foram registrados oito casos.

Na Europa, pelo menos dez pacientes já receberam tratamento. O último caso foi registrado na Inglaterra, quando uma enfermeira foi diagnosticada com o vírus no início deste ano após voltar de Serra Leoa.

Apenas três casos até agora foram de contágio em países fora da África, todos os outros foram importados de pessoas que trabalhavam com doentes nos países onde a epidemia tem arrasado pequenas comunidades.

 

No Brasil, apenas uma suspeita de ebola surgiu até agora, mas foi descartada pelo Ministério da Saúde. A recomendação do MS é que, quem entrar no país voltando de países como Libéria, Guiné ou Serra Leoa, e tiver febre ou outros sintomas da doença, deve procurar uma unidade de saúde e informar os médicos sobre a viagem.

O telefone do Disque Saúde, o 136, está aberto para quem quiser tirar dúvidas sobre a epidemia de ebola.

 

Como iniciou a epidemia de ebola

 

O atual surto da doença tem como paciente zero um menino de 2 anos, que morreu na República de Guiné em março de 2013. A epidemia, no entanto, só ganhou destaque em março do ano passado, quando já estava amplamente espalhada pela população local.

De lá pra cá, além da República de Guiné, países como Libéria, Serra Leoa, Nigéria e, mais recentemente, a República Democrática do Congo, onde foi identificado uma cepa diferente do vírus, sofrem com o pior surto da doença.

 

O ebola é uma doença infectocontagiosa gravíssima. Como é provocada por um vírus, não há medicamentos para combatê-la, apenas para amenizar os sintomas. Ele age exatamente como um gripe, só que incrivelmente mais perigosa e potencialmente mais letal.

Os principais sintomas do ebola são febre alta, de início repentino, dores musculares, de cabeça e de garganta e fraqueza extrema.

 

Não há risco de transmissão pelo ar, apenas pelo contato direto com os fluídos de um paciente contaminado, como fezes, sangue, suor, urina, saliva, lágrimas, sêmen ou muco. Como a região onde o vírus surgiu as condições de saneamento são nulas, a epidemia de ebola encontrou facilidade em se espalhar.

 

 

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