Fertilidade

Vitrificação: conheça as razões para adotar a técnica

Por Redação Doutíssima 16/02/2015

Vitrificação é uma técnicas de preservação da fertilidade, feita por meio do congelamento dos óvulos. A vitrificaçao permite adiar a capacidade reprodutiva de uma mulher por tempo indeterminado, com as mesmas possibilidades que no momento em que se vitrificam os óvulos.

 

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Congelamento de óvulos é alternativa para quem quer preservar a fertilidade. Foto: iStock, Getty Images

 

Esse processo é mais rápido, ou seja, o óvulo é submetido a uma mudança muito brusca de temperatura. Dessa maneira, a possibilidade de formação de cristais de gelo no óvulo são menores e as chances de recuperação desse gameta são maiores.

A mulher contemporânea tem que conciliar a vida profissional com a pessoal ao mesmo tempo. Porém, às vezes, a situação não sai como o esperado.

Muitas mulheres têm encontrado dificuldades para encontrar o parceiro ideal para formar uma família e é nesse momento que a vitrificação se torna uma opção.

Vitrificação e seus benefícios

Para entender melhor por que é necessário guardar os gametas femininos, primeiro precisamos saber como funciona, basicamente, o sistema reprodutivo da mulher.

A mulher nasce com o número de óvulos que poderão ser fecundados durante a vida, diferentemente do homem, que segue produzindo seus gametas, os espermatozoides, ao longa de sua vida.

Os gametas femininos envelhecem com o passar do tempo. É por isso que algumas mulheres optam pelo congelamento de seus gametas para preservar a sua fertilidade.

Além da mulher enfrentar o envelhecimento dos óvulos, o tratamento para o câncer, por exemplo, também pode causar a infertilidade.

Processo da vitrificação

Não existe um limite de idade para fazer a vitrificação. Entretanto, se a mulher deixar para fazer depois dos 40 anos, existe a possibilidade de que seu óvulo não se transforme em um embrião quando for feita a tentativa de fecundação.

O congelamento de óvulos é indicado para os seguintes casos:

1. Mulheres com 35 anos sem parceiro, mas que desejam preservar a feritilidade

2. Mulheres que farão quimioterapia ou radioterapia

3. Mulheres que tenham, no histórico familiar, casos de menopausa precoce.

Para a realização da coleta dos óvulos, a paciente recebe uma estimulação hormonal. A estimulação pode causar a síndrome do hiperestímulo ovariano.

Essa síndrome causa dores abdominais, pois ocorre um aumento desenfreado na produção de óvulos. Esse mal-estar pode ser tratado pelo médico.

Se tudo correr bem, um ultrassom e uma agulha são colocados pela vagina, após a anestesia, e aspiram os óvulos que foram produzidos. A quantidade indicada de óvulos que devem ser congelados é 20.

Nesse processo de aspiração, é possível que a agulha rompa um vaso sanguíneo, provocando um sangramento. Esse sangramento é contido com um processo chamado laparoscopia.

Se você não for utilizar o seu óvulo, pode doar para pesquisa, depois de assinar um termo onde confirma que desistiu daquele óvulo ou, então, ele será descartado. Não é possível fazer doação de óvulos para familiares.

No Brasil, a vitrificação fica em torno de R$ 15 mil e a anuidade dos laboratórios custa entre R$ 500 a R$ 1 mil.

Se você pretende fazer esse procedimento, converse com seu médico ginecologista para que decidam se a vitrificação é a melhor opção para o seu caso.

 

 

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