Você já ouviu falar de nutrição comportamental? Este é um movimento que quer fazer com que as pessoas tenham uma relação saudável com alimento.
Querem que entendam que a comida é algo bom, que pode ser sem restrições, obviamente, quando não há nenhuma doença envolvida, e que o fator limitador é a capacidade da pessoa de identificar seus sinais internos de fome e saciedade. O equilíbrio entre eles é o objetivo.
Nutrição comportamental e obesidade
A luta contra a balança é, a cada dia que passa, uma batalha vivida por mais e mais pessoas. Existem hoje, em todo o mundo, 2,1 bilhões de pessoas acima do peso, quase o triplo da década de 1980, e basicamente um terço da população mundial.
O problema é crônico e merece atenção. A obesidade já coloca o Brasil como o quinto país com maior número de pessoas que têm a gordura com sintoma de uma doença.
Esses números são capazes de, sozinhos, comprovarem que o homem não sabe se relacionar com a comida. Os alimentos são vistos como algo que têm a função de engordar, que parecem apenas calorias.
É contra isso que a nutrição comportamental luta. Esse movimento quer que as pessoas vejam os alimentos como algo que faz bem, que têm a função de deixar alguém feliz e saudável quando consumido de forma consciente e capaz de saciar um corpo faminto.
Dietas restritivas já mostraram o quão são deficientes em eficácia. Afinal, após longos períodos sem comer, a pessoa tem vontade de ‘comer um porco pela perna’, como diriam os antigos.
O arrependimento e a ansiedade são questões a serem trabalhadas em casos de dietas que limitam o que comer. Na nutrição comportamental, esses dois sentimentos precisam estar superados para que a pessoa tenha um relacionamento saudável com a comida.
Nutrição comportamental e relação com alimentos
A nutrição comportamental não é um achismo. Amparado em artigos científicos, como o publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, o movimento traz consigo fundamentações de 20 programas nutricionais, que são baseados na capacidade de relação saudável com os alimentos, e não baseados na perda de peso ou em dietas restritivas.
De maneira geral, ela pretende que as pessoas saibam identificar o que querem comer e quanto daquilo precisam para saciar sua vontade e fome.
Uma vez identificada essas questões, a pessoa será capaz de conduzir sua alimentação de maneira mais eficaz e saudável. A perda de peso seria algo natural dentro de um processo onde a gula deixaria de existir.
O pilar chamado comer intuitivo
Um dos pilares da nutrição comportamental é o chamado Comer Intuitivo. Isso significa que corpo, mente e alimento estão em harmonia. A mente avisa que tem fome, o corpo entende que precisa se alimentar e a refeição é algo que satisfaça tanto emocional quanto fisicamente a pessoa.
Assim, a mente é capaz de entender que existe a saciedade, que o corpo já está alimentado. Comer com tranquilidade, respeitando os limites da saciedade são fundamentais para evitar a ansiedade e a impaciência.
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