O início da gestação costuma ser um período de muitas dúvidas e preocupações. Uma delas é quando se fala de menstruação na gravidez. Em meio à alegria pela chegada do bebê, problemas como esse exigem muita atenção da gestante. Entretanto, o esclarecimento e a informação são fundamentais para manter o bem-estar da mãe e do bebê.
Se a mulher está grávida e ocorre sangramento, não se trata de menstruação na gravidez, mas sim de alerta para algum problema no organismo. Os especialistas alertam que a expressão não é correta.
“A menstruação é a descamação do endométrio, o tecido do útero que cresce todo mês, preparando para receber o óvulo e iniciar a gravidez. Portanto, não havendo a fecundação (gravidez), ocorre a menstruação”, explica o ginecologista e obstetra e professor do curso de Medicina da Universidade Anhanguera, Odilei Braga.
Sangramento durante a gestação pode significar riscos para a mulher e o bebê. Foto: iStock, Getty Images
Menstruação na gravidez é sangramento
O ginecologista alerta que jamais o sangramento durante a gestação pode ser confundido com menstruação na gravidez, e volta a afirmar que se trata de um sinal que precisa ser avaliado pelo médico obstetra da gestante. “Por isso, é importante que haja um acompanhamento pré-natal, desde o início, para garantir uma gestação tranquila”, acrescenta Braga.
Se você notar a presença de sangue, jamais considere-a como normal. Tanto os sangramentos da primeira metade como os sangramentos da segunda metade da gravidez, diz o ginecologista, podem ocasionar riscos para a mãe e para o bebê, dependendo da causa e da gravidade do sangramento.
Erro no conceito de menstruação na gravidez
O que chega a ser confundido com menstruação na gravidez pode, em alguns casos, mascarar a gestação. Mas isso, de acordo com o médico, vai depender muito de cada paciente, se os ciclos são regulares ou não. “Geralmente, ocorre primeiro o atraso menstrual e se acontecer algum sangramento, o mesmo deve ser investigado”, afirma Braga.
Os sangramentos da primeira metade da gravidez podem significar, segundo Braga, ameaça de abortamento, aborto, gravidez ectópica (gravidez fora do útero), descolamento corioamniótico, entre outras.
Já os sangramentos que ocorrem na segunda metade da gestação podem estar relacionados à placenta prévia, descolamento prematuro da placenta, rotura uterina, entre outros problemas. “Em todos os casos de sangramento na gestação, tanto a mãe como o bebe correm riscos”, reitera o obstetra.
Acompanhamento pré-natal é essencial para proteger a mãe e o bebê. Foto: iStock, Getty Images
O mais importante para a mulher é iniciar o pré-natal o quanto antes, logo quando da descoberta da gravidez. “Na maioria das vezes, as gestantes iniciam tardiamente o acompanhamento, aumentando os riscos para ela e para seu bebê, preferindo acreditar em vários tabus e crendices, que nem sempre estão corretos”, analisa Braga.
O ideal, acrescenta, é a mulher procurar um médico capacitado, apto e que seja da sua confiança, pois será um período de nove meses de dúvidas, incertezas e ansiedades, que somente um bom profissional poderá ajudar para que a gestação tenha êxito para a mãe e o bebê.
Por fim, Braga volta a alertar: a gestante nunca deve confundir sangramento com menstruação na gravidez, já que ele representa um importante risco no período da gestação.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!
