Você sabe quais são os tipos de hemofilia que existem? Em 17 de abril, é datado o Dia Mundial da Hemofilia, estabelecido internacionalmente para a conscientização da sociedade sobre a hemofilia e, consequentemente, o tratamento necessário para se viver com vida plena e sem sequelas.
Em alusão à data, o programa Fator Decisivo, idealizado pela Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), tem esclarecido, por meio de palestras, vídeos e cartilhas informativas a melhor forma de tratar e conviver bem com os tipos de hemofilia no Brasil.
No Brasil, crianças e pessoas com o distúrbio genético que afeta a coagulação do sangue são apoiadas pela Federação Brasileira de Hemofilia. Atualmente, 12 mil brasileiros apresentam algum dos tipos de hemofilia.
Conheça os tipos de hemofilia
Existem dois tipos de hemofilia, que podem ser classificados A e B. A hemofilia A é a mais comum e representa 80% dos casos, ela ocorre devido deficiência do Fator VIII (FVIII) de coagulação no sangue. Já a hemofilia B, acontece pela deficiência do Fator IX (FIX). Quem explica é a vice-presidente da FBH, Mariana Battazza Freire.
A hemofilia é uma disfunção crônica, genética e não contagiosa que afeta a produção de um dos 13 fatores responsáveis pela coagulação do sangue, de acordo com a presidente da FBH, Tânia Pietrobelli. Segundo ela, a hemofilia ocorre 1/3 das vezes por mutação genética e 2/3 por hereditariedade.
“Ela se manifesta prioritariamente em homens, mas é transmitida pelo gene que está ligado ao cromossomo X, que é herdado da mãe”, completa a presidente. Desse modo, diz, quando há casos na família, a mulher é uma provável portadora, principalmente se tem irmão, pai, avô ou tios com hemofilia.
Profilaxia e os tipos de hemofilia
A hemofilia não tem cura, no entanto, o Brasil, de acordo com a presidente da FBH, possui um dos melhores tratamentos do mundo com disponibilidade da reposição do fator de coagulação não produzido pelo organismo antes de possíveis traumas.
“Este tratamento preventivo é denominado profilaxia, foi implementado pelo Ministério da Saúde e disponibilizado pelo SUS e consiste na aplicação do concentrado de fator de coagulação deficiente de duas a sete vezes por semana”, afirma Mariana.
Junto com o Ministério da Saúde, a FBH atuou com o Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União, Câmara dos Deputados e Senado Federal para apresentar e comprovar que o tratamento preventivo, denominado profilaxia é o melhor benefício a quem sofre da doença e também o menos caro aos cofres públicos.
A profilaxia é feita segundo a necessidade de cada pessoa e tipos de hemofilia que pode ser A (fator VIII) ou B (fator IX). A partir da infusão de fatores de coagulação preventivamente, o paciente fica protegido das hemorragias internas e externas que, se não tratadas a tempo, podem levar à invalidez e à morte.
O procedimento é simples, fácil e realizado no domicílio do próprio paciente, após uma capacitação para infusão domiciliar. A profilaxia está mudando um paradigma sobre as possibilidades de vida das pessoas com hemofilia e outros distúrbios hemorrágicos.
Com esse tratamento, eles podem ter vida ativa, praticar esportes, e realizar tranquilamente atividades rotineiras como estudar, trabalhar, entre outras, sendo inseridos efetivamente na sociedade, como os demais cidadãos.
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