Aplasia é a má formação ou falha no desenvolvimento de qualquer órgão ou tecido do corpo humano. É um nome utilizado por médicos em diversas ocasiões que podem acometer qualquer parte do corpo, inclusive glândulas, células capilares ou da pele e até o sangue.
Um dos tipos mais sérios e preocupantes de aplasia é a medular, também conhecida como anemia aplástica ou anemia aplásica.
“É uma doença que faz a medula óssea parar de produzir o sangue e suas células, os glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas” explica a médica e Presidente da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO), Lucia Silla.
Em um guia chamado Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Anemia Aplástica Adquirida, o Ministério da Saúde cita que a incidência da doença seja entre duas a quatro pessoas a cada um milhão ao ano.
Os picos de aparecimento são entre os 10 e os 25 anos de idade e após os 60. A doença pode se manifestar de formas e intensidades diferentes, podendo ou não causar dores e, em alguns casos, leva o paciente à falência medular fulminante.
Causas e sintomas da aplasia
A anemia aplástica é causada por falhas no funcionamento do sistema imunológico e seu principal sintoma é a anemia comum. Podem ocorrer também hematomas e micro sangramentos. Ao menor sinal de qualquer uma dessas manifestações, procure um médico.
1. Anemia aplástica medular, leucemia e diagnóstico
Enquanto leucemia e anemia aplástica podem parecer similares, elas não são a mesma coisa. Isso dificulta bastante o diagnóstico correto de cada uma, em que vários exames são necessários para determinar corretamente o que acomete o paciente e como tratar cada situação.
De acordo com Lucia, ambas as doenças têm grandes chances de cura quando descobertas no seu período inicial, mas se diagnosticadas muito tarde têm tratamento dificultado e podem levar à morte.
No caso da aplasia medular, se houver suspeita, o paciente deve ser encaminhado para um centro especializado em medula óssea.
2. Aplasia medular secundária
A presidente da SBTMO alerta ainda para outro tipo de aplasia medular, a secundária, que acontece como consequência de algum tratamento, como é o caso de quimioterapia.
A especialista explica que, nesse caso, a doença não é tão preocupante porque é um acontecimento esperado pela equipe médica e será tratado e acompanhado de perto por profissionais da saúde.
Tratamento da aplasia medular
O tratamento indicado é o transplante de medula óssea. Lucia explica que, em alguns casos, quando não é encontrado um doador compatível, são administrados medicamentos imunossupressores.
A especialista alerta para a transfusão sanguínea, tratamento administrado quando o diagnóstico não é correto. “Quanto mais transfusões de sangue e plaquetas o paciente fizer, menor é a chance de um transplante de medula óssea bem sucedido”, diz.
Por isso, a extrema importância de consultar médicos especialistas na hora de descobrir o que há de errado com o organismo.
Para poder doar, qualquer pessoa entre 18 e 55 anos de idade deve fazer um cadastro em centros que oferecem esse serviço. Na ocasião, será recolhida uma quantidade pequena de sangue para identificar a compatibilidade com pacientes que necessitam do transplante de medula óssea.
Se houver compatibilidade, o possível doador será contactado para agendar o procedimento de retirada de uma pequena quantidade da medula. O organismo de quem doa repõe o fluído em cerca de 15 dias.
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