Clínica Geral

Aplasia medular: sintomas, causas e tratamento

Por Redação Doutíssima 27/03/2014

aplasia medular

A aplasia medular é uma doença rara, cuja origem é uma disfunção da medula óssea que torna esta última incapaz de produzir as células do sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) e, assim, substituir progressivamente as células circulantes destinadas a morrer naturalmente.

Esta doença é, portanto, responsável ​​pelo déficit de um ou mais tipos de células sanguíneas. As consequências de aplasia medular são diferentes dependendo do tipo de célula afetada:

– No caso dos glóbulos vermelhos, a aplasia medular causa uma anemia.

– No caso de glóbulos brancos, responsáveis ​​pela defesa do organismo, o déficit de produção reduz a imunidade, causando infecções repetidas.

– Caso a deficiência seja nas plaquetas, o déficit causa problemas de coagulação e por consequência causa problemas de hemorragias.

 

Sintomas

 

A aplasia medular pode aparecer de repente ou gradualmente e, em seguida, instalar-se sem que o paciente tenha consciência.

Dependendo do tipo de células sanguíneas afetadas, os sinais são diferentes.

Quando os glóbulos vermelhos são afetados:

A anemia é a ausência de células vermelhas do sangue, que provoca o fornecimento insuficiente de oxigênio no corpo.

Os sinais desta anemia são:

Palidez da pele, membranas mucosas, língua, gengivas e conjuntiva (a membrana que cobre a parte branca do olho);

– Fadiga severa não reversível com repouso;

– Falta de ar, tonturas, palpitações cardíacas ao fazer esforços físicos;

– Possível dor muscular (sensação de músculos paralisados​​);

– Pele seca, queda de cabelo e diminuição do seu brilho;

– Unhas quebradiças.

Quando os glóbulos brancos são afetados:

Febre sem explicação ou infecções recorrentes ​​são um sinal de uma diminuição dos glóbulos brancos, que, consequentemente, não podem mais defender nosso corpo. As infecções são muitas vezes anginas ou furunculoses (infecções da pele caracterizadas pelo aparecimento de espinhas cheias de pus ou furúnculos).

Quando as plaquetas são afetados:

Quando o número de plaquetas diminui, o sangramento anormal pode ocorrer principalmente no nariz ou nas gengivas, assim como hematomas roxos ou azuis podem aparecer sem nenhuma explicação. As hemorragias na pele também podem aparecer, como a chamada púrpura (pequenas manchas vermelhas arroxeadas que variam em tamanho de uma cabeça de alfinete e uma lentilha).

 

Causas

 

aplasia medular

A doença é adquirida durante a vida e ela não é contagiosa. A aplasia medular, portanto, não é uma doença hereditária. No entanto, se certos genes podem predispor ao seu desenvolvimento, ser o portador desses genes não significa necessariamente que você vai desenvolver a doença. Estes genes são considerados como fatores de susceptibilidade, o gene HLADR2 foi identificado como tal.

A origem desta doença é muitas vezes desconhecida, então os especialistas falam muito de anemia aplástica idiopática.

Várias hipóteses são feitas para explicar a sua formação:

– Origem autoimune: em alguns pacientes, os fatores imunes produzidos em grandes quantidades, sugerem que as células do nosso sistema imunitário atacariam as células-tronco da medula óssea (sendo que esta última é responsável pela produção das células sanguíneas) e as destruiriam.

– Déficit de células-tronco hematopoéticas: as células-tronco que dão origem as células sanguíneas estão desaparecendo em aplasia (elas simplesmente estão parando de “funcionar”) os especialistas então falam da morte dessas células-tronco.

– Mau ambiente em que as células-tronco se encontram: em uma minoria de casos, o ambiente das células tronco da medula óssea é defeituoso, impedindo o seu desenvolvimento.

A origem da aplasia medular é muito difícil de ser determinada, ela pode também estar relacionada a: exposição a radiação, derivados de benzeno, inseticidas, infecções, drogas citotóxicas e o uso de medicamentos como o clorafenicol.

 

Tratamento da aplasia medular

 

O tratamento da doença pode ser feito com medicamentos imunossupressores que vão estimular a produção de células sanguíneas pela medula óssea e através de transfusões sanguíneas. No entanto, nos casos mais graves, quando as soluções citadas acima não são suficientes para curar a aplasia medular, pode ser necessário um transplante de medula óssea.

 

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