O transtorno alimentar não é um problema exclusivo de pessoas em idade adulta, já que a cada dia surgem mais casos em crianças. Como já na infância começam a se preocupar com a aparência, muitas delas relacionam a comida ao ganho de peso e param de se alimentar corretamente, comem muito pouco ou então tentam vomitar depois das refeições.
Transtorno alimentar: triste realidade
Nos últimos anos, o número de crianças de até 7 anos diagnosticadas com transtorno alimentar aumentou. Embora seja mais frequente em adolescentes, elas podem desenvolver esse problema enquanto mais jovens – principalmente na pré-adolescência.
De acordo com um estudo feito com 7.498 crianças e adolescentes pelo Robert Koch Institute, da Alemanha, 21,9% daquelas entre 11 e 17 anos apresentaram sintomas de transtornos alimentares. As meninas, à razão de 28,9%, são as mais afetadas – apenas 15,2% dos meninos foram diagnosticados.
Os motivos pelos quais isso está ocorrendo ainda não são muito claros para os especialistas. Felizmente, o avanço nas técnicas de diagnóstico e a melhor informação dos médicos quanto aos sinais e sintomas têm permitido detectar precocemente essa condição.
Tipos de transtorno alimentar infantil
Existem formas de distúrbios alimentares que vão além das conhecidas bulimia ou anorexia. Dois exemplos desses transtornos são o distúrbio alimentar seletivo e a pica.
O transtorno de alimentação seletiva é bastante comum, e atinge frequentemente as crianças. É caracterizado pelo fato de a pessoa conseguir comer pouquíssimos tipos de alimentos e ter o peso corporal inadequado, mas não se encaixa nos critérios de diagnóstico de anorexia ou bulimia.
Por outro lado, um transtorno alimentar infantil comum é a pica. Conhecida também como alotriofagia, ele é observado em adultos e crianças que têm desejo de comer materiais não alimentares, tais como sujeira ou papel.
Todas essas formas de distúrbios exigem tratamentos específicos, que são distintos daqueles aplicáveis à anorexia e à bulimia nervosa.
1. Como identificar um distúrbio alimentar na infância
Enquanto os pais não têm culpa do transtorno alimentar dos filhos, é possível ajudar os pequenos a saírem dessa e se recuperarem plenamente. Para isso, esteja atento aos principais sintomas dos distúrbios na infância:
– Recusa em comer
– Redução no tamanho da porção
– Preocupação com a imagem corporal
– Retraimento social
– Cabelo fino crescente sobre o corpo
– Perda de peso ou falta de ganho de peso em uma criança em crescimento
– Falta de crescimento
– Hiperatividade ou movimento excessivo
– Queda de cabelo na cabeça
– Anormalidades do ciclo menstrual em meninas
– Alterações de personalidade, geralmente irritabilidade ou depressão
– Sensação de raiva quando um alimento é oferecido
2. Como tratar um distúrbio alimentar infantil
Se você suspeitar que seu filho tem um transtorno alimentar, procure um profissional de saúde para que ele possa indicar qual é o melhor tratamento para esse caso específico. Normalmente, uma terapia comportamental será indicada.
É importante buscar auxílio especializado mesmo quando sejam apenas suspeitas. Lembre-se que uma alimentação adequada é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento de todas as crianças.
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