A luta contra o tabagismo não é fácil. A relação de dependência com o cigarro é algo muito forte, pois o contato com a nicotina envolve o fumante não somente física como psicologicamente. Uma das alternativas conhecidas para deixar o cigarro é o adesivo para parar de fumar.
Conforme o pneumologista Luiz Carlos Corrêa da Silva, o adesivo para parar de fumar é uma das formas de introduzir nicotina no organismo. Isso diminui os sintomas da síndrome de abstinência que provoca sensações desagradáveis ao fumante.
Esses sintomas são basicamente ansiedade, alterações do sono, irritação, sudorese fria nas mãos, dificuldade de concentração, fome compulsiva, entre outros.
Adesivo para parar de fumar é altamente eficaz
De acordo com o pneumologista, o adesivo para parar de fumar é um dos métodos mais eficazes na luta para deixar o vício do cigarro. Os medicamentos contra o tabagismo agem para controlar a síndrome de abstinência do tabaco, como dito anteriormente, mas aqui o médico destaca também quadros de depressão.
Por isso, ele sugere que, associado ao tratamento médico e do uso do adesivo para parar de fumar, seja desenvolvido também um trabalho terapêutico. A terapia cognitivo-comportamental consiste em um conjunto de interações entre o fumante e o terapeuta. Com isso, promovem-se as mudanças necessárias por meio das iniciativas do próprio fumante.
Adesivo para parar de fumar não tem restrições
Não há restrições para o uso do adesivo para parar de fumar, de acordo com o pneumologista. Pode haver um controle maior em relação a pessoas que têm problemas como doença cardíaca aguda isquêmica grave. “Mesmo nesses casos, será preferível usar o adesivo do que continuar a fumar. Em princípio, todos os fumantes que tiverem indicação, poderão usar”, afirma Silva.
Segundo ele, o efeito do adesivo tem início imediato à sua colocação, deve ter orientação médica e seu uso varia entre dois e três meses.
As chances de quem usa esse adesivo são de duas a três vezes maiores para parar de fumar do que em relação a outros tipos de medicação, de acordo com o médico. Os adesivos podem ser obtidos, mediante orientação especializada, em ambulatórios da rede de saúde pública.
Os números da luta contra o tabagismo são animadores no Brasil. Dados de uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no final do ano passado, dão conta de que o percentual de fumantes no País caiu para 14,7%. Em 2008, esse índice era de 18,5%, o que representa uma queda de 20,5%.
A faixa etária que compreende o maior número de fumantes é a que varia entre 40 e 59 anos, 19,4%, enquanto que os jovens com idade entre 18 e 24 ano mostraram a menor taxa, 10,7%. Os três estados do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, são os estados com mais fumantes brasileiros.
O cigarro mata cerca de 200 mil pessoas por ano no Brasil e o tabagismo é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença epidêmica.
Os dependentes da nicotina estão expostos continuamente a mais de quatro mil substâncias tóxicas, que representam riscos para mais de 50 doenças, principalmente as cardiovasculares, além de vários tipos de câncer.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o fumo hoje responde por mais de 90% dos casos de câncer de pulmão e 25% das doenças vasculares, como o infarto.
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