A tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que ataca o colo do útero, a vagina e a uretra nas mulheres. Nos homens, o pênis é a região atingida. Por afetar justamente os órgãos sexuais, a maior queixa de quem é acometido pela doença é a dor na hora do sexo.
Causas e sintomas da tricomoníase
Embora a dor durante a relação sexual seja um dos sintomas mais conhecidos, ele não é o único nem o mais desconfortável. Ardência, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos genitais são também sintomas comuns da tricomoníase, que é transmitida iminentemente pela via sexual.
A transmissão acontece ao não usar camisinha, e o risco aumenta com o número de parceiros. De acordo com a médica ginecologista Márcia Cortoni Santos, é preciso lembrar que todas as formas de sexo transmitem a tricomoníase. “O contágio se dá via sexo vaginal, anal ou mesmo oral, por isso a camisinha é fundamental”, explica.
O diagnóstico da doença é feito por meio de consulta ao ginecologista, que pode solicitar exames complementares, lembrando sempre que a automedicação é contraindicada.
No caso das mulheres, a visita regular é indicada também para mapeamento de outras DSTs e lesões, como o HPV, que podem levar ao câncer de colo de útero.
Como tratar a tricomoníase
O tratamento da tricomoníase envolve o homem e a mulher. Apresentados os sintomas, segundo a ginecologista, não há resistência ao tratamento. “A aderência é imediata devido ao grande incômodo, a ardência no homem se assemelha à da gonorreia”, relata a médica.
Para interromper a transmissão e impedir a reinfecção da tricomoníase, ambos os parceiros precisam tratar a doença. No caso homem, o tratamento é feito por via oral (comprimidos) e nas mulheres, por meio de creme vaginal e por via oral.
A ginecologista alerta para o fato de que dose única não quer dizer um único comprimido, e sim um tratamento intensivo. “São quatro comprimidos em dois dias e sete dias de tratamento com creme vaginal para garantir um tratamento efetivo”, diz a médica.
Durante o tratamento da doença, relações sexuais não são indicadas – mesmo com o uso da camisinha. Isso não é só pelo desconforto, nem mesmo entre o casal infectado. “É obrigatório para o sucesso do tratamento”, pondera Márcia. A camisinha, no entanto, deve ser sempre utilizada se houver relações.
O Ministério da Saúde alerta para a existência de doenças sexualmente transmissíveis que não apresentam sintomas e que podem evoluir para complicações mais graves, como infertilidades, câncer e até mesmo a morte.
Algumas DSTs também podem passar para o bebê ou eventualmente complicar uma gravidez. O tratamento de doenças sexualmente transmissíveis no Brasil é gratuito em todo o sistema de saúde do SUS.
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