Conhecer o corpo e entender os seus sinais é fundamental para prevenir ou tratar problemas e resolvê-los precocemente. O câncer de intestino é uma das doenças que podem apresentar sintomas que devem levar à investigação imediata. A alteração nos hábitos intestinais é o mais importante deles.
Esse é o principal sinal porque, em geral, a doença tem sintomas variados e pouco específicos. Por isso, um acompanhamento preventivo é tão importante. “Existem vários tipos de câncer de intestino, e dentro do mesmo tipo, vários graus de agressividade”, explica o coloproctologista Guilherme Couto.
Mas por ser o mais incidente e prevalente, considera-se o adenocarcinoma de cólon e reto o tipo mais importante. Como outros exemplos, Couto cita o carcinoma epidermoide, GIST, sarcomas e outros menos comuns.
Outros sinais do câncer de intestino
Outras alterações que exigem atenção e que podem estar associadas ao câncer de intestino, além da mudança no hábito intestinal, são sangramento nas fezes, anemia, emagrecimento, dor abdominal, sensação de evacuação incompleta, dor retal e obstrução intestinal
De acordo com Couto, no Brasil, a incidência de câncer de intestino em homens e mulheres é praticamente a mesma, sendo mais comum em pacientes após os 50 anos e com fatores de risco associados, como a história de câncer na família e presença de pólipos intestinais.
Os pólipos são lesões benignas, espécie de “verrugas”, que acometem o cólon. Em 90% dos casos, o câncer do tipo adenocarcinoma se origina de um deles. Conforme o médico, essas lesões, basicamente, apresentam-se em três tipos diferentes de acordo com a análise histológica, apresentando também diferentes riscos de transformação maligna.
Colonoscopia e a prevenção do câncer de intestino
Os pólipos são detectados pelo exame de colonoscopia e podem ser retirados durante esse procedimento, evitando a transformação maligna. “Daí a importância da colonoscopia como exame preventivo do câncer”, alerta o coloproctologista.
As formas de tratamento do câncer de intestino variam de acordo com o tipo e a localização do tumor, em resumo, o tratamento para a doença é multimodal agregando cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
“Hoje em dia, as chances de cura são maiores do que antigamente, tendo em vista que o diagnóstico tem sido mais precoce e mais preciso com aprimoramento dos exames de colonoscopia e com a indicação baseada em fatores de risco”, ressalta Couto.
Conforme o médico, o câncer de cólon representa um problema de saúde pública em todo mundo, sendo o segundo câncer mais prevalente depois do câncer de mama.
Já o câncer colorretal é o quarto tipo de câncer mais comum em homens e o terceiro mais comum em mulheres. No Brasil, estima-se que tem sido diagnosticados vinte mil novos casos por ano. As mortes por câncer colorretal representam 8% de todos os óbitos que ocorrem por tumores.
Para Couto, o Brasil pode ser considerado uma área de risco moderado com taxa de mortalidade de sete por cem mil habitantes – tanto homens, quanto mulheres. “A taxa de mortalidade por câncer tem diminuído drasticamente com o exame de colonoscopia, pois a detecção tem sido mais frequente com o uso mais rotineiro desse exame”, considera.
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