Clínica Geral

Teste de Schiller permite identificar lesões no colo uterino

Por Redação Doutíssima 15/08/2015

Capaz de identificar as lesões causadas pelo câncer de colo de útero, o teste de Schiller foi criado na década de 1920. O exame usa uma solução de iodo para identificar áreas afetadas no órgão feminino.

 

Walter Schiller, médico pioneiro na aplicação do exame, instituiu o teste em razão do conhecimento que tinha sobre como as células saudáveis e doentes reagem de maneiras diferentes ao iodo.

teste de schiller

Teste para detectar problemas no colo de útero não deve substituir o Papanicolau. Foto: iStock, Getty Images

 

Como funciona o teste de Schiller

O teste de Schiller usa o lugol, uma solução de iodo e potássio, para identificar lesões uterinas. Esse tipo de exame é uma alternativa ou complemento ao exame Papanicolau, também chamado de preventivo, sendo que este não deve ser descartado da rotina de cuidados com a saúde feminina.

De acordo com uma Revisão do Teste de Schiller, publicada pela Universidade de Santo Amaro, as células saudáveis do colo do útero, assim como de todo o trato genital inferior, possuem glicogênio. Já as células cancerígenas tem uma concentração muito baixa ou nem possuem esse elemento em sua composição biológica.

O lugol usado no procedimento reage com o glicogênio. Assim, é possível perceber através da coloração se há partes do órgão acometidas e onde estão localizadas.

 

Nas células saudáveis, há uma reação química que as tinge de marrom escuro. Já nas células onde não há glicogênio, o iodo não reage.

Há ainda a chance da lesão cancerígena conter uma quantidade pequena do glicogênio. Nesse local, o iodo reage com menos intensidade, deixando uma coloração mais clara do que a que toma conta da área saudável do útero.

Ainda segundo o documento, o teste não deve ser um substituto do Papanicolau, já que ele não fornece um diagnóstico específico de câncer ou outras doenças. Ele apenas indica as áreas que devem ser examinadas pelo médico.

 

Há chance de falsos positivos e negativos quando outros problemas e doenças acometem o órgão, como HPV, erosão, baixa produção de estrogênio, presença de sangue, necrose e outros.

Quando deve ser feito o teste de Schiller

O Ministério da Saúde também menciona que o teste de Schiller deve ser complementar ao exame Papanicolau, já que esse consiste na coleta do material celular. A raspagem é avaliada em laboratório e pode indicar a presença de células não saudáveis.

Assim como o teste de Schiller, o Papanicolau também está sujeito a falsos negativos e positivos. O órgão informa que associar os dois é mais eficiente na prevenção contra o câncer.

Terceiro tumor mais comum em mulheres brasileiras, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo de útero tem tratamento facilitado e maior chance de cura se diagnosticado em estado inicial.

O procedimento que usa solução com iodo só é contraindicado para mulheres que têm alergia a essa substância.

 

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