Um dos atos mais agradáveis para muitos seres humanos pode ser o terror para outros. A fobia de sexo soa estranha, mas é um problema que atinge milhares de pessoas ao redor do mundo. Além disso, esse medo é capaz de se manifestar de formas diferentes. A boa notícia é que há tratamento.
Como funciona a fobia de sexo?
Conforme a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), as fobias são definidas como um irracional e intenso medo de um objeto ou situação que representa pouco ou nenhum perigo real. Muitas vezes elas parecem um medo normal e o que define se ela ultrapassou esse limite da normalidade é o grau em que a pessoa é afetada.
Eventos traumáticos vividos no passado podem afetar a vida sexual das pessoas. Foto: iStock, Getty Images
A fobia de sexo também pode ser decorrente de outro medo – alguém tem medo de que não atingirá a ereção e, consequentemente, tem medo de sexo.
Quando uma pessoa sente esses sentimentos irracionais em relação ao sexo, muitas vezes tem a vida amorosa e a satisfação pessoal afetadas. Inexistem razões claras para as fobias, mas em geral elas estão associadas a eventos traumáticos já vividos.
Os sintomas mais comuns são o medo persistente do objeto ou da situação, tontura, tremores e palpitações. São possíveis, ainda, pensamentos obsessivos, como dificuldade em não pensar no medo, e um instinto intenso para fugir da situação.
Tipos de fobia de sexo
Como em qualquer fobia, o medo do sexo varia quanto a sintomas e gravidade. Além disso, quase ninguém o sente da mesma maneira. Veja quais são os tipos mais comuns de medos relacionados ao sexo:
1. Coitophobia
Existem pessoas que mantêm relacionamentos, mas sofrem com a fobia da relação sexual. Foto: Shutterstock
É o medo da relação sexual. Muitas pessoas são capazes de se divertir com atividades como beijar e abraçar, mas têm medo de mudar para uma exibição mais física de afeto, como a penetração.
2. Medo da intimidade
Para algumas pessoas, o problema não está no sexo, mas no medo de criar laços afetivos. Foto: Shutterstock
Muitas vezes é enraizado por um medo do abandono. Não há temor quanto ao próprio ato sexual, mas sim em relação à intimidade emocional que ele pode trazer.
3. Parafobia
O medo da perversão sexual dos outros faz as pessoas sofrerem nos relacionamentos. Foto: Shutterstock
Algumas pessoas têm medo de serem pervertidas, enquanto outras temem as perversões dos outros. Quem tem essa fobia é capaz de desfrutar relações sexuais tradicionais, que se encaixam bem dentro de seu código moral pessoal.
4. Afefobia
Os relacionamentos diários podem ser afetados pelo excesso de medo em ser tocado. Foto: Shutterstock
O medo de ser tocado, muitas vezes, afeta todas as relações, não apenas as de natureza romântica.
5. Nudofobia
O medo de ficar nu na frente de alguém pode afetar negativamente as relações sexuais. Foto: Shutterstock
O medo da nudez é complexo. Algumas pessoas têm medo de estar nuas, mas também há quem tenha pavor de estar perto de outras pessoas nuas. Essa fobia pode ser sinal de problemas ou sentimentos de inadequação da imagem corporal.
Tem tratamento para o medo de sexo?
A fobia de sexo pode ter inúmeras causas, e nem sempre é fácil identificá-las. Acredita-se que certas pessoas estejam em maior risco de desenvolvê-la em razão de eventos passados ou presentes relacionados ao sexo – é o caso do abuso sexual, por exemplo.
Além disso, pessoas que passaram por grandes traumas têm risco maior de desenvolver transtornos de ansiedade, incluindo fobias.
Caso você tenha um medo que seja desproporcional à realidade, é possível que seja uma fobia. Nesses casos, o tratamento profissional geralmente é necessário. Em regra, ele envolve terapia e até uso de remédios para controlar sintomas físicos de ansiedade.
Se você está passando por isso, procure um médico de sua confiança, já que todos os tipos de fobia são controláveis e não vale a pena sofrer calado.
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