Zen

Conheça a teoria de tudo e saiba como tirar proveito dela

Por Redação Doutíssima 05/09/2015

Buscar autoconhecimento e entendimento do ambiente é o desejo da maioria das pessoas. A teoria de tudo, de Ken Wilber, promete facilitar essa tarefa, fornecendo um modelo de mapa mental para tornar mais fácil essa compreensão. Na prática, é possível melhorar o relacionamento consigo mesmo e até mesmo com o mundo.

 

A teoria integral, como também é conhecida, nasceu a partir de uma irresignação do autor ao considerar a noção de felicidade para Freud e Buda – bastante opostas. Ele não aceitou que um deles pudesse estar totalmente errado e passou a dizer que ambos estavam parcialmente corretos. 

teoria de tudo

Teoria baseada em sabedorias já existentes pode promover melhora no conhecimento de si mesmo. Foto: iStock

 

Como funciona a teoria de tudo

A ideia de Wilber foi publicada no livro “’Uma Teoria de Tudo” e indica que as sabedorias já produzidas possuem uma parte de verdade, sendo o grande desafio do ser humano conciliá-las de maneira útil. Nessa tentativa, ele chegou a um “mapa”, que em inglês é conhecido pela sigla AQAL – em português, esses elementos seriam quadrantes, linhas, níveis, estados e tipos.

 

Os quadrantes são a primeira parte do mapa. Eles representam as dimensões em que as coisas se passam. Ficam na parte superior o “individual” – à esquerda o “interior”, ou seja, nosso senso de “eu”, e à direita o “exterior”, que seria nosso corpo físico.

Situam-se na parte inferior o “coletivo” – à esquerda o “interior”, que seriam nossas culturas e visões de mundo, e à direita o “exterior”, ou seja, os sistemas sociais e ambiente em que estamos inseridos.

 

Depois de estabelecer os quadrantes, o pensador relata sobre nossa evolução. Ele diz que ela ocorre em todos quadrantes, ao longo do que ele chama de linhas. Esse seria o segundo elemento, traduzido nas múltiplas inteligências, como emoções, moral, habilidade musical etc.

 

O autor indica que o ser humano possui padrões comuns de desenvolvimento em cada uma dessas linhas. À medida que alguém adquire experiência de vida e avança em uma dessas linhas, ele sobe níveis – esse, portanto, seria o terceiro elemento.

O quarto elemento da teoria de tudo são os estados. Eles seriam nossos estados de consciência, como estar acordado, sonhando ou dormindo.

 

O quinto elemento são os tipos – neles estão incluídas todas as classificações que não se encaixam nas linhas ou nos estados de consciência. Quer alguns exemplos? Somos masculinos ou femininos, estamos saudáveis ou não-saudáveis etc.

 

Como aplicar a teoria de tudo no dia a dia

A partir do mapa proposto, é possível explorar cada área do conhecimento humano para ver o que ela oferece. Se em alguma medida todos estão certos, como diz o autor, o modelo por ele proposto permite que se consiga conciliar essas “meias-verdades” e chegar também a uma “meia-verdade”, embora mais abrangente.

 

Além disso, até mesmo orientando-se apenas pelos quadrantes é possível ter uma melhor compreensão da realidade. Por exemplo, se alguém convida você para ir ao cinema, normalmente há quatro tipos de reações possíveis, as dinâmicas, e cada uma delas se encaixa em um dos quadrantes.

 

Caso você sugira um filme qualquer instintivamente, estará agindo com o quadrante individual/exterior (seu comportamento), mas se você falar que é indiferente e deixa a escolha por conta do amigo, coletivo/interior (culturalmente).

Se você pensar qual seria o melhor filme para vocês dois assistirem, seu comportamento se enquadra no individual/interior; e se antes de dar uma resposta você considera diversos fatores, então estará agindo pelo quadrante coletivo/exterior.

 

Para quem deseja se aprofundar na teoria integral, há no Brasil o Instituto Integral Brasil, que inclusive oferece cursos com enfoque específico em cada área do conhecimento para a aplicação dessa teoria.

 

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