Você já deve ter visto, ou mesmo conhece, pessoas que levam a vida a saltar de prédios, pontes, montanhas, penhascos. Parecem ser movidas por esses desafios, não é mesmo? Pois eles são conhecidos como basejumper, nome dado ao praticante de um dos esportes mais perigosos que se tem conhecimento no mundo, o basejump.
Nessa prática, não há chance para errar, qualquer deslize pode ser fatal. Mas, por que as pessoas se sentem atraídas por tais práticas?
“Base” quer dizer building, antenna, span e earth, ou seja, traduzindo: prédio, antena, ponte e montanha. São esses os quatro locais ou objetos fixos dos quais um basejumper salta. Esse esporte começou a se popularizar entre as décadas de 1970 e 1980 e estima-se que, atualmente, cerca de 1,5 mil pessoas o pratiquem ao redor do mundo.
Basejumper não tem equipamento reserva
A maior parte dos saltos é realizada de alturas “baixas”, o que aumenta o risco assustadoramente. O basejumper não conta com paraquedas reserva, nem precisa, pois caso haja algum tipo de problema no equipamento principal, não há tempo de abrir o reserva.
Por isso, é imprenscindível que o praticante de basejump antes de mais nada conheça seu equipamento. É algo muito peculiar, específico para essa prática e diferente do que é usado no paraquedismo, apesar de os dois usarem o velame, um tecido estruturado, parte do paraquedas.
Além disso, o equipamento é próprio, jamais alugado ou emprestado. E o próprio atleta é o responsável por dobrar e cuidar dele.
Um outro tipo de equipamento utilizado pelos adeptos desse esporte é o wingsuit, roupa especial em formato de asas desenvolvido com o objetivo de diminuir a velocidade da queda, proporcionando, assim, um salto de maior duração. É a sensação mais próxima de voar que os atletas alcançam.
Brasil não tem regulamentação para o basejump
No Brasil não há regulamentação para os saltos de basejump, muito menos algum tipo de organização, instituição ou federação, nem um código esportivo como no paraquedismo. Em todo o País há somente um curso, com sede no Rio Grande do Sul.
É comum que as pessoas que queiram se tornar um basejumper procurem o que chamam de mentor, ou seja, um praticante bem mais experiente que vai ensinar a prática com segurança e supervisão constante.
Mas o preparo para começar a praticar o basejump exige mais. Primeiramente, é preciso ter um bom preparo físico. Apesar de não existir regras, os mais experientes aconselham que se pratique, no mínimo, 200 saltos de avião antes de começar a pular de pontos fixos.
Os pontos radicais preferidos para os saltos no Brasil são a Pedra da Gávea, na cidade do Rio de Janeiro, a Pedra da Onça, no Espírito Santo, e Viaduto 13, no Rio Grande do Sul.
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