Motivação

Escambo: como funciona a troca de mercadorias por serviços

Por Redação Doutíssima 08/11/2015

Com as pessoas cada vez gastando menos, o escambo se tornou uma forma de adquirir o que se precisa sem usar dinheiro. Esse sistema antigo consiste na troca de itens e serviços sem qualquer envolvimento monetário. Para quem é novato nesse método, é preciso estar atento na hora de uma negociação para não sair perdendo.

 

Como funciona o sistema de trocas

Esse é um método antigo de troca, usado durante séculos e desde muito antes do dinheiro. Introduzido por tribos da Mesopotâmia, o escambo foi adotado pelos fenícios e pelos povos da babilônia, quando mercadorias eram trocadas por alimentos, chá, armas e especiarias. Hoje há um forte retorno com técnicas mais sofisticadas para ajudar na negociação, principalmente a internet.

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Escambo é um método antigo de troca, usado durante séculos e desde muito antes do dinheiro. Foto: iStock, Getty Images

 

Para trocar é desnecessário adquirir um novo item. Selecione algum que você tenha e já não queira ou precise para usar como “moeda”. Geralmente as negociações ocorrem em leilões on-line e sites ou grupos específicos. O valor dos itens pode ser amplamente negociado com a outra parte, sendo importante lembrar que o sistema não envolve dinheiro.

 

vantagens e desvantagens na troca. Uma possível complicação é determinar o quão confiável a pessoa que você está negociando é. Além disso, nem sempre você será capaz de verificar de antemão a qualidade ou um eventual defeito no produto que está trocando.

 

Para amenizar esse possível incômodo é limitar as trocas com familiares e amigos no início, adquirindo assim habilidade e experiência na negociação. Muitas vezes queremos tanto alguma coisa que acabamos subestimando o preço do artigo que estamos usando para troca – um possível vício capaz de ser superado com a experiência.

 

Em contrapartida há grandes vantagens. É desnecessário dinheiro para efetuar trocas, um grande atrativo em tempos de crise. Além disso não há necessidade de participar com itens materiais, sendo possível oferecer serviços como alternativa. Por exemplo, se você quer um skate e tem habilidades em consertos, pode oferecer à pessoa seu serviço em troca do item.

 

Em resumo, com o escambo as pessoas podem obter algo que desejam ou precisam sem ter que gastar qualquer dinheiro.

 

Queda do consumo pode evidenciar o escambo

Recentemente duas pesquisas realizadas e divulgadas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostraram como a crise econômica está afetando a vida das pessoas. São elas a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e a Pesquisa de Endividamento e Inadimplemento do Consumidor (Peic), ambas realizadas com uma amostragem de 18 mil consumidores.

 

A ICF apontou que em outubro de 2015 o nível de consumo atual ficou em 57,7 pontos, registrando queda de 3,7% com relação ao mês anterior e 43,3% em relação a outubro de 2014. Por outro lado, a perspectiva de consumo ficou em 62,3 pontos, com diminuição de 2,1% com relação a setembro e 51,9% com relação a outubro de 2014. Vale dizer que nesse sistema de medição a pontuação abaixo de 100 indica insatisfação com o cenário atual.

 

A Peic foi divulgada em setembro de 2015 e indica o percentual de famílias endividadas sob diversos parâmetros. Chamam a atenção os percentuais de famílias com contas em atraso, de 23,1% – aumento de 0,7% em relação a agosto e 3,9% em relação a setembro de 2014 – e das que declararam não ter condições de pagar suas dívidas, que atingiu 8,6%.

 

Com isso, formas alternativas vêm se tornando uma saída para esse período. Uma dessas ferramentas são métodos de economia colaborativa como o escambo, que se tornou parte da vida da maioria das pessoas que visam economizar no dia a dia.

 

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