Estar informado sobre o que é HPV, doença capaz de infectar a pele ou as mucosas de homens e mulheres, é o primeiro passo para prevenir ou diagnosticar a presença do vírus no organismo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de 100 tipos diferentes. Destes, cerca de 40 podem atingir a região do ânus e órgãos genitais.
De acordo com o Ministério da Saúde, a infecção pelo vírus é a principal responsável pelo câncer do colo de útero, com 15 mil novos casos e 5 mil mortes de mulheres no Brasil a cada ano. Entenda a seguir o que é a doença, os tratamentos existentes e como se prevenir.
O que é HPV: transmissão e consequências
A sigla em inglês representa o papilomavírus humano, o qual pode ser classificado em alto-risco, provável alto risco, baixo risco e risco indeterminado para desenvolver câncer do colo uterino. Os vírus de baixo risco causam lesões clínicas, como as verrugas genitais, em homens e mulheres.
O HPV de alto risco pode evoluir para lesões anais e um pré-câncer do colo do útero. Segundo o Inca, esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente entre as brasileiras, ficando atrás apenas do câncer de mama e do câncer colorretal ou de intestino.
O instituto informa que a transmissão do vírus ocorre pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada. Além disso, o principal meio ainda é pela via sexual, seja pelo toque oral-genital, genital-genital ou até mesmo manual-genital. Dessa forma, é possível que o contágio aconteça mesmo sem a penetração vaginal ou anal.
O Inca afirma que não está comprovada a contaminação por uso do vaso sanitário, contato com objetos ou compartilhamento de roupas íntimas e toalhas. Ainda, o instituto ressalta que não há tratamento específico para eliminar o vírus, mas sim, uma forma de eliminar as lesões clínicas, de forma individualizada.
Nesses casos, podem ser usadas técnicas com eletrocauterização, laser, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que atuam no sistema imunológico. Na maioria das mulheres, as lesões de baixo grau tendem a desaparecer sem tratamento, explica o Inca. A recomendação é a repetição de exames ginecológicos e preventivos a cada seis meses.
Como funciona a prevenção
A principal forma de prevenir o contágio pelo HPV é a vacina. Campanhas de conscientização do governo federal apontam que meninas entre 9 e 13 anos devem receber três doses do preventivo gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A alternativa é efetiva para a prevenção de lesões genitais na vulva e vagina, câncer de colo do útero e verrugas genitais em mulheres e homens, referentes ao que é HPV tipos 6, 11, 16 e 18. Além disso, a vacina não pode ser considerada terapêutica, ou seja, não deve ser usada como tratamento de infecções ou feridas já existentes.
De acordo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as vacinas são indicadas para homens e mulheres entre 9 e 26 anos de idade. Alguns fabricantes de vacinação ainda trabalham para que a Anvisa aprove produtos para maiores faixas etárias.
Para os adultos com vida sexual ativa, a orientação é o uso de preservativo em todo o tipo de contato sexual, seja com ou sem penetração. Apesar disso, o método contraceptivo não garante totalmente a segurança do casal, pois se regiões como vulva, púbis, períneo ou bolsa escrotal estiverem infectadas, ainda assim a camisinha não será efetiva na prevenção.
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