Clínica Geral

Consulta de rotina: check-ups são essenciais para a prevenção

Por Redação Doutíssima 13/11/2015

A prevenção é com certeza a melhor forma de se manter longe de doenças. Uma consulta de rotina é essencial para evitar algumas problemas e há recomendações sobre a idade ideal e a frequência das visitas ao médico.

Saiba quando fazer uma consulta de rotina

As mulheres começam os exames preventivos mais cedo que os homens. A partir dos 25 anos, o Ministério da Saúde aconselha que elas façam o papanicolau anualmente, um teste que identifica lesões capazes de causar câncer no colo do útero.

consulta de rotina, istock getty images doutíssima

Consulta de rotina ajuda na prevenção e no tratamento de doenças como o câncer. Foto: iStock, Getty Images

Ao engravidar, a consulta de rotina passa a ser com o ginecologista, um processo chamado de pré-natal. O acompanhamento é fundamental para o desenvolvimento saudável do bebê e para um parto sem complicações.

Outro preventivo que faz parte da rotina feminina com o avançar da idade é a mamografia, exame capaz de detectar o câncer de mama. O procedimento deve ser feito a cada dois anos para mulheres com mais de 50 anos, orienta o Ministério da Saúde.

Já os homens precisam fazer consultas de rotina nessa idade para o exame preventivo do câncer de próstata, segundo mais comum em homens no Brasil. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens com histórico da doença na família ou negros façam o teste anualmente a partir dos 45 anos. Para os demais, a recomendação é a partir dos 50.

Fora essas situações pré-estabelecidas por órgãos de promoção da saúde, outros exames devem ser realizados conforme a solicitação de um médico. O histórico familiar de diabetes, doenças cardiovasculares, outros tipos de câncer e doenças com fator genético devem ser avaliados e acompanhados de perto por um profissional de saúde.

Essa recomendação ressalta a necessidade de ouvir o corpo e buscar ajuda quando algo não parece estar funcionando bem. O diagnóstico precoce de qualquer doença melhora as chances de cura ou de tratamento.

Check-ups fazem bem ou mal?

Check-ups são aqueles exames usados para verificar alterações no sangue, na urina e em diversas partes do corpo através da avaliação desses dois fluidos. Além disso, o histórico familiar e doenças prévias são avaliadas para entender a saúde atual.

 

Segundo um levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo, 60% dos pacientes do sexo masculino, de um total de 2,8 mil pacientes atendidos mensalmente pelo lugar, adiaram a ida ao médico e já chegaram com doenças em estágio avançado. 

 

Falta de tempo, preconceito e sensação de invulnerabilidade às doenças estão entre as justificativas apresentadas. O estudo mostrou ainda que 70% dos homens que procuram um consultório médico tiveram a influência da mulher ou de filhos. 

De acordo com orientações do Portal Brasil do governo federal, exames de rotina e consultas precisam ser mais frequentes entre os homens, principalmente a partir dos 40 anos. Após essa idade, as patologias mais comuns são câncer de próstata, problemas nos rins e na bexiga que podem levar ao câncer, alterações hormonais, cálculos renais e crescimento benigno da próstata.

 

“O homem precisa manter cuidados mínimos realizando check-ups de forma periódica, pelo menos uma vez ao ano. Isso porque, com o envelhecimento, os problemas começam a ser, se não mais frequentes, pelo menos mais preocupantes”, disse o médico urologista e coordenador do centro, Joaquim Claro. 

 

Apesar de uma consulta de rotina ser capaz de detectar doenças em estágio inicial, uma pesquisa desenvolvida no Nordic Cochrane Center em Copenhague reuniu o resultado de diversos estudos que apontam que uma série de exames feitos com frequência anual não reduz as chances de hospitalização ou diminui a ansiedade sobre doenças.

O estudo ainda acompanhou dois grupos de pessoas, um que fazia consultas de rotina e outro que só consultava profissionais da saúde quando necessário. Ambos tiveram números similares de mortes ou ainda doenças fatais como câncer e problemas cardíacos. As avaliações constantes não fizeram diferença.

A avaliação final dos pesquisadores é de que não é preciso fazer exames minuciosos todo o tempo, mas sim procurar atendimento médico ao menor sinal de problema.

 

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