Sempre ouvimos falar que os animais são irracionais, que agem por instinto e não são dotados de inteligência. No entanto, não é raro nos deparamos com histórias e situações que nos deixam intrigados. Afinal, o que define o comportamento animal? A pergunta tem sido alvo de diversos estudos.
Comportamento animal além do comum
O comportamento animal é definido a partir das reações que ele tem aos estímulos e ao ambiente que o cerca. Porém, essas atitudes nem sempre seguem um padrão exato, principalmente de um tipo de bicho para o outro.
Os cachorros, por exemplo, são os primeiros no ranking de inteligência emocional. Já os chimpanzés são capazes de empilhar caixas para alcançar o alimento que está longe ou mesmo usar varetas para retirar cupins dos ninhos.
Mas os estudos mostram que as habilidades podem ir muito além. De acordo com pesquisa da Universidade Kyushi, do Japão, olfato canino é capaz de rastrear doenças em humanos. Marine, da raça labrador, conseguiu detectar câncer de intestino pelo cheiro do hálito e de amostras de fezes.
O estudo foi publicado pela revista especializada Gut e indicou que o animal foi capaz de identificar a doença mesmo em fases iniciais. Pertencente ao japonês Yuji Sato, o cão tem uma hipersensibilidade que permite detectar mais de 18 tipos diferentes de câncer ao farejar a respiração de uma pessoa.
Para realizar o estudo, pesquisadores coletaram amostras de fezes e de respiração de 48 pacientes com câncer de intestino e de 258 pessoas saudáveis. A precisão do animal impressionou os cientistas.
Os cientistas dizem que seria difícil e custoso usar cachorros em testes de rotina para detectar câncer, mas que o estudo poderia levar ao desenvolvimento de sensores eletrônicos no futuro.
Habilidades pouco conhecidas
Apesar de terem o cérebro de tamanho semelhante ao de outros animais mais evoluídos, os ovinos têm sido vistos como pouco inteligentes. No entanto, uma investigação da Universidade de Cambridge, do Reino Unido, mostra que eles são mais inteligentes do que se acreditava anteriormente.
Sete ovelhas estudadas por Jennifer Morton e Laura Avanzo passaram com distinção em um conjunto de testes realizados para avaliar a sua inteligência. Além de terem uma “impressionante capacidade de aprendizagem”, conforme define artigo publicado na PLoS ONE, são capazes de reconhecer e memorizar rostos familiares.
De acordo com as pesquisadoras, estes animais podem servir como modelos para estudar problemas neurológicos. Outras habilidades dos ovinos também foram verificadas, como a capacidade de classificarem famílias de vegetais e de reconhecerem as ovelhas do seu rebanho.
Já os gatos têm em seu comportamento animal um ronronar específico para influenciar e manipular humanos, de acordo com um estudo feito na universidade britânica de Sussex. Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Caras, ao contrário do ronronar normal, este outro incorpora um som com frequência parecida a de bebês.
Esse tipo de som, ao contrário de permitir os gatos fossem expulsos das casas, geralmente levava seus donos a darem comida ao animal. No fim de contas, parece que eles são ainda mais espertos do que você imaginava.
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