Não é raro ouvir que uma mulher que gosta muito de sexo seja ninfomaníaca. Mas não é por aí: o apreço pelo sexo não significa uma compulsão sexual. Agora, se você tem certeza que sua parceira possui essa patologia, o jeito é procurar ajuda profissional.
Uma mulher que gosta de sexo pode querer praticá-lo em um número maior de vezes do que você. Esse fato isolado não faz dela uma ninfomaníaca. Para ser considerada como tal, sua parceira deve apresentar outros sintomas e características de quem é viciada em sexo.
Por exemplo, se sua companheira tem um ótimo desempenho na carreira, valoriza e mantém contatos sociais e se relaciona bem com a família, já é de se desconfiar que ela não possui uma compulsão e que o sexo não atrapalha sua vida. Você pode estar pensando em rebater esse argumento com: “Ah, mas ela quer todo dia!”. Talvez esse seja o ritmo dela. É hora de conversar e encontrar uma sintonia para resolver a questão.
Entretanto, quando você explica que não está a fim, preste atenção às reações da sua namorada. É aí que geralmente se encontra a resposta para a sua suspeita. Quando ela não tiver condições emocionais para lidar com a frustração de não obter o que almeja e não conseguir ter controle sobre este desejo, acione o seu alarme. Ela pode ser ninfomaníaca.
Nesse caso, o impulso sexual pode se tornar uma busca incessante. Tem que ser já e agora, e a satisfação não chega nunca. Ninfomaníacos podem atingir estágios em que não têm mais capacidade para fazerem outras coisas, como trabalhar, passear, dirigir. Eles fantasiam e anseiam por sexo ininterruptamente. Deixam de ser sujeitos produtivos, magoam entes queridos e acabam estragando relacionamentos.
Esse não é um diagnóstico fácil de se detectar por vários motivos. As razões que levam ao quadro são primitivas e se originam lá na infância. Um trauma, como abuso sexual, também pode desencadear a patologia. Descobrir a doença pode ser muito doloroso para quem a identifica e para quem convive com a pessoa que está fixada em sexo.
Às vezes, leva um certo tempo para notar que há algo estranho. No começo das relações, a atividade sexual costuma ser mais corriqueira e intensa, o que é típico dos apaixonados. Com o passar dos meses é que você pode começar a cogitar se a parceira não busca esse prazer com mais ímpeto do que o normal.
Diagnóstico de uma ninfomaníaca
Para poder ajudar uma ninfomaníaca é preciso que ela se dê conta de que algo está descompassado no seu apetite sexual. Ela precisa perceber que possui problemas para lidar com a sua ausência de controle diante de não obter o que deseja.
Qualquer pessoa viciada em algo passa pela gigantesca dificuldade de conseguir controlar seu impulso. Aqui é o mesmo cenário. A compulsão sexual incontrolável atrapalha a rotina dessa mulher e coloca a vida dela em risco. A necessidade pode ser com um mesmo parceiro ou com vários. Ela não medirá esforços para ter o que quer.
Para o diagnóstico e o tratamento adequado, procure primeiramente um psicólogo. Ele poderá ajudá-la a perceber se o comportamento revela mesmo traços de uma compulsão ou se o ritmo do casal é que está descompassado.
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