Durante a gravidez, o foco das futuras mamães é garantir o bem-estar da criança. Depois do nascimento, porém, muitas sofrem com problemas de autoestima, por conta das mudanças que ocorrem no corpo. Para garantir mais firmeza, há quem recorra ao uso da cinta-pós parto.
De acordo com o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, a decisão por utilizar ou não o acessório é uma escolha muito particular de cada mulher. Ele destaca, porém, que o uso não muda o prognóstico do retorno do útero e da barriga ao que era antes.
Como usar cinta pós-parto
Inicialmente, é necessário entender que todas as mudanças corporais que se desenvolveram ao longo de nove meses não vão se desfazer de uma hora para outra. Trata-se de um processo gradual. Imagine sua barriga como um balão que se encheu à medida que o bebê cresceu. Depois do parto, ela não é estourada de uma vez, o ar sai aos poucos.
Assim que o bebê nasce, já começam a atuar sobre o útero alguns hormônios que o auxiliam a voltar ao seu tamanho original, em um processo que dura cerca de um mês. Além disso, todas as células inchadas do corpo passam a liberar líquido por meio de urina, secreções vaginais e suor.
Até mesmo a gordura extra acumulada é gasta por meio da nutrição do bebê, através da amamentação. Mas todas essas mudanças levam tempo. Por isso, se você se sentir desconfortável ou insegura depois do parto, a cinta pós-parto entra como alternativa.
“Se usar ou não a cinta, não muda nada. Não será nem melhor, nem pior. Muitas mulheres optam por utilizar porque se sentem mais seguras, sentem a barriga mais presa. Então deixamos utilizar, sem problemas”, explica Mantelli.
De acordo com ele, se a mulher se optar pelo uso, o ideal é investir na cinta durante o período puerpério. Ou seja, nos 42 dias após o parto. Depois disso, conforme salienta o médico, não há mais necessidade.
Cuidados com a cinta pós-parto
Atualmente, há diversos tipos de cinta pós-parto à disposição. Mas é importante ter atenção na escolha do modelo. “A gente indica uma que tenha compressão moderada, até porque se o parto foi cesariana a mulher pode sentir dor na região da cicatriz abdominal”, salienta o médico.
Além disso, é comum a presença de gases na barriga durante o período pós-parto. Neste cenário, a compressão excessiva também pode gerar um certo desconforto. É por isso que é necessário se certificar de que o acessório não está apertado demais.
Outro cuidado importante referente à cinta é o tamanho. É preciso ter atenção para que ela não cubra a cicatriz cirúrgica. Se ela ficar muito tempo coberta, haverá excesso de calor e umidade, o que favorece a proliferação bacteriana, o risco de infecção e até a abertura dos pontos, adverte o obstetra.
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