Alimentação infantil > Nutrição

Descubra o que não pode faltar nas receitas de papinha

Por Redação Fortíssima 27/05/2016

A partir dos seis meses de idade, de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), você pode complementar a alimentação do seu filho com deliciosas receitas de papinha. Mas é preciso ter alguns cuidados com o preparo e a oferta dos alimentos.

O nutricionista Breno da Silva Lozi explica as papinhas salgadas precisam ser dadas na hora do almoço, sempre em pequenas quantidades, pois a capacidade gástrica do bebê ainda é pequena. “Elas devem ser oferecidas de forma gradativa, com muita paciência e em ambiente tranquilo”, sinaliza o profissional.

receitas de papinha

Papinhas trazem benefícios à saúde do bebê. Foto: iStock, Getty Images

Dicas para acertar nas receitas de papinha

As papinhas apresentam uma série de benefícios à saúde das crianças, conforme sustenta Lozi. “Fornecem vitaminas e nutrientes essenciais ao seu desenvolvimento, reduzem o risco de obesidade e doenças cardiovasculares na idade adulta e diminuem as chances de carências nutricionais como anemia ferropriva e hipovitaminose”, aponta ele.

Os alimentos presentes nelas devem ser complementares em energia e nutrientes – principalmente ferro, cálcio, zinco, vitaminas A e C e ácido fólico. Além, é claro, de estarem livres de contaminação microbiológica ou química. Confira algumas sugestões para suas receitas de papinha:

Alimentos energéticos

Carboidratos: contêm maior densidade calórica, fornecendo energia para o bebê. É o caso da batata inglesa, batata doce, batata baroa, mandioca, inhame, abóbora, milho, aveia e quinoa.

Alimentos construtores

Leguminosas e carnes: fonte de proteínas que vão formar as estruturas do corpo do bebê. É o caso de leguminosas como feijões, lentilha, grão de bico, vagem e ervilha. Também fazem parte da lista as carnes de boi magras, o frango e o peixe. Todas elas, no entanto, devem ser moídas ou desfiadas. 

Alimentos reguladores

Legumes e verduras: ricos em vitaminas, minerais e fibras, que garantem a saúde do bebê. São exemplos a abobrinha, berinjela, beterraba, brócolis, cenoura, couve-flor, chuchu, jiló, quiabo, nabo e rabanete.

Além das folhas de agrião, alface, almeirão, chicória, couve, espinafre, mostarda, repolho e rúcula. Vale ainda incluir temperos como cebola, azeite ou óleo de boa qualidade, ervas frescas, coentro, alecrim e sálvia.

Cuidados com as papinhas

Para usufruir de todas as vantagens das receitas, porém, é preciso ter atenção na hora de cozinhar. O nutricionista sugere variar a forma de preparo das frutas. Elas podem ser usadas raladas, amassadas ou peneiradas. Inicialmente, também é fundamental verificar se o bebê não apresentará nenhuma reação adversa aos alimentos.

Se a criança apresentar qualquer reação anormal, como dor de barriga, manchas na pele, assaduras, irritação ou fezes amolecidas, é importante consultar o pediatra antes de reintroduzir as papinhas. Há um cuidado fundamental também em relação à higiene. Lozi fornece algumas dicas:

  • Dê preferência à água mineral ou fervida na preparação das papinhas, pois garantem uma produção segura e livre de bactérias ou germes
  • Use sempre ingredientes frescos
  • Lave muito bem as frutas, legumes e hortaliças antes de preparar a papinha
  •  Amasse os ingredientes da papinha de bebê com um garfo ou passe-os pela peneira
  • Faça uso das papinhas em até 2 dias (sempre conservadas na geladeira).

Para finalizar, o nutricionista enumera alguns elementos que devem ser evitados nas papinhas. “Ovos inteiros, leite de vaca integral – por conter muita gordura – produtos industrializados com aditivos químicos, açúcar refinado e temperos prontos. O sal deve ser introduzido com moderação, evitando excessos”, conclui.

E aí, gostou das receitas de papinha? Agora é só introduzir na alimentação do seu bebê.