O Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo (Prosex), realizado e divulgado em 2017 pela Faculdade de Medicina da mesma instituição (FMUSP), apresentou um dado preocupante quando o assunto é sexo: metade das brasileiras que participaram da pesquisa revelaram que não alcançam o orgasmo feminino durante a transa. Mas o que isso quer dizer, necessariamente?
Existem uma série de problemas de saúde que podem ser refletidos no corpo feminino como a falta de libido. No entanto, muitas vezes, o corpo da mulher funciona perfeitamente e o fato delas não conseguirem gozar está intimamente relacionado à carência de informações sobre a anatomia e o funcionamento do próprio corpo no que diz respeito ao sistema reprodutivo.
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Ao passo em que tocar o próprio órgão genital é comum para a maioria dos meninos desde a mais tenra idade, a maioria das mulheres sequer sabe que o clitóris é o único órgão do corpo humano dedicado exclusivamente ao prazer com infindáveis terminações nervosas. E para te ajudar a chegar lá, porque não há nada mais gostoso do que descobrir o próprio corpo e o prazer sozinha, listamos abaixo 6 dicas para alcançar o orgasmo feminino.
6 dicas para alcançar o orgasmo feminino
O sexo começa bem antes da penetração em si
Sim, a máxima de que ‘os meios justificam os fins’ é verdadeira na cama. Por isso as preliminares como sexo oral, beijos por todo o corpo, masturbação são tão importantes antes da penetração.
Nem todas as mulheres gozam com penetração
Não é à toa que metade das mulheres disse que não consegue atingir o ápice durante a relação sexual. Normalmente, a forma mais efetiva para gozar é através da estimulação clitoriana, mas isso varia de mulher para mulher. Outro aspecto importante aqui é a postura egoísta, na maioria das vezes, por parte dos homens que pensam apenas no próprio prazer durante a relação sexual.
O autoconhecimento e a masturbação são formas efetivas para chegar no clímax
É importante que a mulher se dedique ao prazer sozinha para conhecer melhor quais são as áreas que mais aguçam seu prazer, se são os grandes ou pequenos lábios da vagina, o clitóris, ânus etc. Use um espelhinho para conhecer todas as partes, diferenciar as texturas, as mudanças no clitóris durante a estimulação, se houve aumento de lubrificação etc. Dessa forma, se você descobrir sozinha do que mais gosta ou o que a faz sentir mais tesão, fica mais fácil passar as coordenadas para o seu parceiro ou parceira. Você também pode contar com a ajuda de brinquedinhos ou vibradores para chegar lá.
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É contraproducente se comparar com outras mulheres
Normalmente algumas têm maior facilidade, outras maior dificuldade para atingir o clímax. E isso depende do corpo de cada uma, da educação sexual que receberam, das suas próprias inseguranças, do autoconhecimento do corpo, da vida sexual, enfim. Por isso, é importante que você não fique se comparando com amigas ou conhecidas que compartilharam suas experiências com você. Mulheres reais não agem ou gozam como mulheres nos filmes pornôs. Trocar experiências é algo positivo para conhecer outras possibilidades, mas não para efeito comparativo.
Nem sempre um orgasmo é igual ao outro
Sim, as percepções variam de acordo com o momento, a intensidade e a frequência do orgasmo. Há mulheres que relatam sentir um ‘choquinho’ na região vaginal, outras falam que sentem muito calor, outras dizem sentir pulsação da vagina, boca seca, arrepios, enfim. Existem alguns mais duradouros, outros mais sutis, uns melhores, outros medianos, enfim. E você vai precisar sentir todos eles e entender o que deu certo ou o que deu errado para repetir, mudar ou nunca mais fazer.
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Não deixe que algumas tentativas que não deram certo te desanimarem
Não conseguir gozar pode ser um reflexo ou um agravante para a baixa autoestima e muitas mulheres se sentem completamente incapazes por tentativas frustradas. Por isso, uma das dicas mais importantes é: seja persistente. Não tenha medo de tocar o próprio corpo, de tentar novas formas de sentir prazer. Mesmo que ainda cercado de tabu, o orgasmo é um dos processos fisiológicos mais importantes do corpo humano pelos benefícios que representa. Portanto, é natural e benéfico para o corpo, a mente e o espectro psicológico sentir tesão.