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Novo estudo prova que consumir vegetais verdes previne gordura no fígado

Por Debora Stevaux 29/01/2019

Cerca de 20% da população brasileira possui, em algum grau, a doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA), como é chamada por especialistas a condição dos pacientes que acumulam gordura no fígado mesmo consumindo nada ou pouca bebida alcoólica. Mesmo que não se saiba a causa exata do seu surgimento, pesquisadores acreditam que obesidade, cirurgia de bypass gástrico (um tipo de cirurgia bariátrica), diabetes e colesterol alto sejam fatores de risco consideráveis.

A gordura no fígado pode causar problemas sérios à saúde. Saiba por que consumir vegetais verdes pode fazer toda a diferença quando o assunto é prevenção. (Foto: iStock)

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Embora a doença não manifeste sintomas aparentes na maioria dos casos, alguns pacientes podem desenvolver sinais como cansaço, perda de peso, dores abdominais, inflamação do fígado e cirrose. De forma geral, os médicos costumam tratar as doenças responsáveis pelo surgimento dessa condição.

“Se não tratada ou controlada, o acúmulo excessivo de gordura no fígado pode gerar uma inflamação, que leva à morte celular e a um processo de fibrose (cicatrização). Com o passar dos anos, a condição progride para cirrose hepática e também pode resultar em câncer de fígado”, explica o Dr. Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês.

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Mas, apesar de tantas incertezas, uma descoberta realizada por uma pesquisa divulgada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences trouxe luz ao problema. Os autores descobriram que uma substância presente em vegetais como alface, salsão, rúcula e espinafre pode ajudar na prevenção das doenças que acometem o fígado – seja a DHGNA ou a esteatose hepática causada pelo consumo frequente de álcool.

Segundo os pesquisadores, a substância capaz de minimizar a gordura hepática é o nitrato inorgânico. Os testes com dietas gordurosas, ricas desse nitrato, foram feitos em camundongos. Os bichinhos que consumiram o suplemento também apresentaram outros benefícios, como a pressão mais baixa. Eles também se mostraram mais sensíveis à insulina, um hormônio secretado pelo pâncreas, com uma função importante no metabolismo dos carboidratos na corrente sanguínea.

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Idealizadores do estudo também apontaram que o consumo mais frequente de frutas é capaz de melhorar (e muito) o sistema cardiovascular. Eles ainda acrescentaram que não é preciso comer muitos vegetais para ter efeitos positivos: basta 200 gramas por dia.